21/02/2008

Pirangueiro

Sep 8, '06 8:30 PM

Pra quem não é nordestino, o título talvez seja desconhecido. Mas pra nós não. É o mesmo que avarento, "mão-fechada", "pão duro" entre outras definições.

Apesar de conhecer bem o termo, eu (e de resto, minha família) não somos pirangueiros. Meu pai sempre diz que se a pessoa pede um preço, é porque ele (o preço) é justo. Se podemos pagar, pagamos, se não, paciência.

Quarta-feira (06/09/06) passada, Sam nos surpreendeu. Na escola dele foi dia dos "brinquedos populares". A direção da escola convidou aretesãos que confeccionam esse tipo de brinquedo pra passar a manhã na escola, mostrando como fazem essas peças que tanto suceso fazem com a criançada.

Nos foi informado que, ao final da manhã, os artesãos iriam comercializar alguns brinquedos, recomendando que as crianças levassem algum dinheiro, coisa pouca. Mandamos dez reais com Sam pra que ele comprasse algo. Os preços variavam entre um e três reais.

Os brinquedos que ele queria, uma milonga e um mané gostoso, custavam dois reais, cada. De posse dos dez reais, lá foi ele às compras. Acompanhamos, claro e, para a nossa surpresa, descobrimos que ele é um pirangueiro de carteirinha. Perguntou o preço de tudo, pesquisou entre os quatro artesãos e quando escolheu o que queria, perguntou:

- Moço, quanto custa essa milonga?

- Dois reais, respondeu o rapaz.

- O senhor devia cobrar um real, porque aí eu comprava mais coisa.

- Mas esse preço é o menor que eu posso fazer.

- Pai, acho que tem uma milonga de um real naquele outro moço.

- Espere! Eu vendo por um real mesmo.

Definitivamente, não sei a quem esse meninmo puxou

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