30/12/2010

Bebê curte Bon Jovi

<a href="http://video.br.msn.com/?mkt=pt-br&amp;vid=13c19f6a-10c9-4316-afad-d84a8c4e3c2f&amp;from=pt-br&amp;fg=dest" target="_new" title="Bebê curte Bon Jovi">Vídeo: Bebê curte Bon Jovi</a>
Este bebê mal sabe ficar de pé, mas já sabe que é fã de rock'n'roll.

Ultraje a Rigor: revelada capa de biografia da banda

ultrajelivroA editora Belas-Letras, que lançará a biografia "Nós Vamos Invadir Sua Praia" do ULTRAJE A RIGOR, divulgou recentemente a capa do livro em seu site.

Escrita pela jornalista Andreia Ascenção, a biografia terá 352 páginas e mais de 100 fotos (boa parte inédita), além de declarações dos integrantes até hoje desconhecidas por boa parte do público.

Segundo a editora, o lançamento foi adiado e agora será no mês de fevereiro, e na ocasião o site fará uma promoção de lançamento da biografia.

22/12/2010

Udo Dirkschneider: assista vídeo de "Jingle Bells"

O ex-frontman do ACCEPT e atual U.D.O., Udo Dirkschneider recentemente gravou uma canção de Natal para a maior companhia de vendas por correio de música e merchandising, EMP. Registrado no estúdio DocMaKlang em Osnabrück, Alemanha, a faixa "Jingle Balls" foi escrita por vários membros da equipe da EMP e é uma nova interpretação da canção de Natal "Jingle Bells" e do hino do ACCEPT "Balls To The Wall".

"Jingle Balls" foi lançado  por banda sob o nome de EVIL DISPOSITION e está disponível em Musicload e Amazon. Todo o lucro será doado ao PETA (Oragnização de defesa dos Animais)

O vídeo de "Jingle Balls" pode ser visto abaixo.

17/12/2010

John Bonham: bateristas de peso em tributo

 

Devido à boa recepção do público e dos próprios bateristas participantes do primeiro "Bonzo: The Groove Remains The Same", show  realizado em tributo a John Bonham em 25 de setembro de 2010, os idealizadores Brian Tichy (WHITESNAKE, SLASH'S SNAKEPIT, OZZY OSBOURNE) e Joe Sutton tiveram a ideia de repetir a homenagem. Tichy estará em turnê com o WHITESNAKE  por boa parte de 2011, portanto o concerto será realizado nos dias 12 e 13 de janeiro.

"Bonzo: The Groove Remains The Same: A Double Encore!" acontecerá no Key Club de West Hollywood no dia 12 de janeiro e no Galaxy Theater de Anaheim, Califórnia, no dia 13 de janeiro.

Nomes de peso participarão do show, incluindo:

- Steven Adler (GUNS N' ROSES, ADLER'S APPETITE)
- Carmine Appice (VANILLA FUDGE, ROD STEWART, OZZY OSBOURNE)
- Vinny Appice (BLACK SABBATH, DIO, HEAVEN & HELL)
- Kenny Aronoff (JOHN COUGAR, SMASHING PUMPKINS)
- Frankie Banali (QUIET RIOT)
- Charlie Benante (ANTHRAX) **
- Bobby Blotzer (RATT)
- Fred Coury (CINDERELLA)
- Jimmy D'Anda (BULLETBOYS)
- James Kottak (SCORPIONS)
- Abe Laboriel (PAUL MCCARTNEY, STING)
- Khurt Maier (SALTY DOG)
- Xavier Muriel (BUCKCHERRY) **
- Stephen Perkins (JANE'S ADDICTION) *
- Chris Slade (AC/DC, THE FIRM)
- Chad Smith (RED HOT CHILI PEPPERS, CHICKENFOOT)
- Jason Sutter (FOREIGNER, CHRIS CORNELL) *
- John Tempesta (WHITE ZOMBIE, THE CULT, TESTAMENT) *
- Brian Tichy (WHITESNAKE, FOREIGNER, BILLY IDOL, OZZY OSBOURNE)
- Joe Travers (ZAPPA PLAYS ZAPPA, DURAN DURAN)
- Simon Wright (AC/DC, DIO)

* apenas em 12/01
** apenas em 13/01

A banda responsável pelos outros instrumentos será a THE MOBY DICKS, com Brent Woods na guitarra, Michael "Denim" Devin no baixo, Keith St. John no vocal e Stephen LeBlanc nos teclados.

08/12/2010

Sem Mandamentos - Oswaldo Montenegro

Hoje eu quero a rua cheia de sorrisos francos
de rostos serenos, de palavras soltas
eu quero a rua toda parecendo louca
com gente gritando e se abraçando ao sol
 
Hoje eu quero ver a bola da criança livre
quero ver os sonhos todos nas janelas
quero ver vocês andando por aí
 
Hoje eu vou pedir desculpas pelo que eu não disse
eu até desculpo o que você falou
eu quero ver meu coração no seu sorriso
e no olho da tarde a primeira luz
 
Hoje eu quero que os boêmios gritem bem mais alto
eu quero um carnaval no engarrafamento
e que dez mil estrelas vão riscando o céu
buscando a sua casa no amanhecer
 
Hoje eu vou fazer barulho pela madrugada
rasgar a noite escura como um lampião
eu vou fazer seresta na sua calçada
eu vou fazer misérias no seu coração
 
Hoje eu quero que os poetas dancem pela rua
pra escrever a música sem pretensão
eu quero que as buzinas toquem flauta-doce
e que triunfe a força da imaginação.

24/11/2010

Um museu em minha memória

Escrito por Melquisedec Pastor do Nascimento

Sou de origem social muito desvalida. Filho de pai e de mãe proletários, pobres de Jó. Ele, Joaquim Pastor do Nascimento, fazia chinelos para mandar vendê-los de porta em porta, e fazia anéis de chifres de boi, de metal e de aço, contra o vento mau, para vendê-los nas feiras e nas festas de igrejas. E consertava sapatos, relógios, guarda-sol e sombrinhas. Consertava quase tudo em seu muquiço do Caranguejo, nos Remédios. Não consertou sua vida. Também trabalhava cantando. Mas, só cantava Pé de Anjo, Vitalina e Meu Boi Morreu: “A mulher e a galinha/ São dois bicho interesseiro/ A galinha pelo milho/ E a mulher pelo dinheiro”; “Bota pó vitalina, bota pó/ Que moça véia não sai mais do caritó”. “O meu boi morreu...” Era artista, conforme declarou no cartório, ao fazer o registro do meu nascimento. Não me batizou. Nasci no Bongi, na rua da Bacia, por trás do chafariz, no lado esquerdo da estrada dos Remédios, dentro da lama dos mangues. Desempenado, dava gosto vê-lo caminhar pela estrada dos Remédios com o guarda-sol aberto, a modo de pálio. Uma vez, voltando do trabalho, vi ele descendo a ponte de Afogados. Eu vinha de bonde, ele vinha a pé, caminhando contente, alegre e satisfeito. Desci no Colégio Moderno e o acompanhei até lá em casa no beco do Quiabo, logo adiante. Ele vinha da rua Direita onde foi comprar cabedal para fazer os chinelos e botar meia-sola nos sapatos. Não me deu nem um vintém... Ela, Laura Francisca dos Santos, cantando, costurava para fora, em cima de uma velha pé-de-aranha. Era bonita e cantava divinamente. Costurando, criava os filhos de dois pais, separada que era. Quando comecei a registrar na memória meus fatos existenciais, morávamos eu e meus irmãos com minha mãe...

(Onde andará a velha Lalu, que não me deu apenas a vida física, meu irmão e minhas irmãs, onde andarão? Tonho, que vendeu a coroa de ouro da boca para comprar “figo” de alemão pra gente comer? Com ele quase aprendi a tocar violão. Não aprendi, porque ele não passou do lá menor: quem quer que, quem quer que, quem quer que... Troquem os que... Nem, que me carregava para o mangue pra pegar aratu, caranguejo, siri de loca e guaiamum, e para a maré pescar, e para pegar camarão vila franca e siri corredor. E para a crôa para tirar marisco, sussuru e unha-de-véio. Nininha. Eu e ela, Tomé e Bebé, porque só andávamos juntos. E Manel de Dária? O Jean Valjean, que trazia carne de Ceará da rua das Florentinas para a gente comer. Às vezes, chegava lá em casa. Não tinha nem sal, na cumbuca... Vou agir, ele dizia. E voltava da rua das Florentinas. Disse-me anos depois. Sem saber, a gente também comia roubados... Onde andará Mané Abinadabe?)

Morávamos na vila de São Miguel, no bairro recifense dos Afogados, a imensa pocilga de Dr. Ladislau. Ali mãe adquiriu um lote, pagando mensalmente 2$000 pelo chão, onde fez o mucambo onde a gente morava. Do rio Tejipió, e dos mangues adjacentes, muitas vezes, tirávamos o de-comer. Eram nossa dispensa. Para me desasnar, mãe me matriculou na Escola Particular Mista de dona Julieta Baptista, na terceira rua. Lá, pelas mãos bondosas de dona Julieta, aprendi o bê-a-bá, decorando a Carta de ABC de Landelino Rocha – “A preguiça é a chave da pobreza”; “É dado aos pobres o sagrado direito de importunar os ricos”... – a ler, escrever, pelos Cadernos de Caligrafia Vertical, e contar, pela taboada de Landelino, ajudado pela minha boa memória – comi muito: peixes, moluscos e crustáceos daquele rio-maré. Fosfatizei-me. Chamavam-me “Cabeça-de-Rui Barbosa”.


(Onde andará minha professora, que me abriu os olhos para a vida? Onde andará o inspetor de ensino, que me pôs na blusa a fitinha verde e amarela, quando me passou com “distinção e louvor?” Solenidade arranjada para que eu também pudesse participar. Os meus colegas de classe, Maria Isabel, minha primeira namorada – “Eu tenho n’alma um jardim cheio de flores/ Imagem dos meus amores/ Só com nomes de mulher” – Alcides, seu irmão, Mário, encapetado: “Julieta fugiu, Julieta fugiu”, Arnaldo Canuto, onde estarão? E tantos outros que até de minha memória fugiram? Fiquei para contar a história.)


Minha mãe, analfabeta, tirava sua sabedoria de vida dos ditados populares: “Fazes o bem, não cates a quem”; “Junta-te a um bom, serás igual a ele. Junta-te a um mau, serás pior do que ele”; “Mente desocupada é oficina de Satanás”. Dela, herdei o bom gosto. Era bonita e se enfeitava todinha, da cabeça aos pés: “Quem não se enfeita, por si se enjeita”, dizia ela. E o estoicismo: “Enquanto o pau vai e vem, folgam as costas”. Dos mangues, cheios de estrepes, a prudência. Da semifome e da sede de saber, a solidariedade aos desvalidos, carentes de justiça, e para com os sequiosos de aprender. Por isso, sou livreiro.


Não sei se o velho Quinca Pastor teve escola. No seu cochicholo do Caranguejo, vi exemplares da revista O Pensamento, do Almanaque do Pensamento e um da novela espiritualista A Predestinada, de Pedrina Lima, da Empresa Editora O Pensamento. Tenho um da 3ª edição, ano em que ele morreu. 23 de junho de 1938. Lia a Bíblia. Meu nome... Ali vi uma edição protestante da versão de Antônio Pereira de Figueiredo, “edição aprovada em 1842 pela Rainha D. Maria II com a consulta do Patriarcha Arcebispo eleito de Lisboa”. Creio ser a de 1919. Foram os primeiros livros inteiros que conheci. Antes, na vila, vira pedaços da edição católica ilustrada por Gustavo Doré. Lembro-me de quatro gravuras: dois homens carregando, num pau, ombro a ombro, um cacho de uvas da terra onde mana leite e mel; Sansão carregando a porta de Gaza; a morte de Sansão, destruindo o templo dos filisteus: “Morra eu e todos os filisteus” e Daniel na cova dos leões. Valorizam a Galeria Iconográfica do velho Pastor, uma parede na sala de frente apenas rebocada, figuras da revolução brasileira: os 18 de Copacabana, os tenentes, Cleto Campelo morto e, destacada, a do Cavaleiro da Esperança um tanto desbotada. Eram recortes de jornais. Não sei se Luiz Carlos Prestes, depois, teve a imagem esmaecida na admiração do meu pai. Dele herdei o sentimento anti-religioso: “Deus não precisa de intermediários”. Mt 5.5-6. E, por causa dele, ver na Bíblia monumento literário: a tradução de João Ferreira de Figueiredo, revista e corrigida.


(Onde andará meu pai? Contente, alegre e satisfeito, quando doente, me viu pela última vez. Meu pai era materialista.)


Com sete meses de estudo, aprovado com distinção e louvor, saí da escola de dona Julieta para a Escola da Vida. Dizer-lhe presente era necessário. Aumentar a renda familiar era preciso. Só, acostumei-me a ler lendo folhetos, almanaques de farmácias, jornais e, depois, livros. Eu era a criança, o menino, o rapaz. Ser o Homem era necessário. Dizia-me o ambiente, diziam-me as circunstâncias, diziam-me as leituras. Disseram-me os livros. Os livros levaram-me ao caga-sebo do negro Manoel Belarmino da Silva, Livraria Rangel, rua do Rangel, 132, pé-de-escada. Antes, já o conhecera na feira de Afogados, negociando, na calçada da igreja de N. S. da Paz, folhetos, revistas usadas, recortes de revistas de cinema, álbuns de cobói e quadrinhos de fitas de cinema. Era o negro Mané Art Accord, um Cowboy negro... Quando fechava o estabelecimento, dizia: “Voltem na próxima semana...” Reencontrei, em 1934, vendendo o mesmo e também livros usados, num estrado na calçada do mercado de São José, onde me vendeu, fiado, O Conde de Monte-Cristo. Foi o primeiro livro que li. A ele comprei os meus primeiros livros. Obras infantis de Monteiro Lobato, de José de Alencar, romances de aventuras e livros de auto-ajuda, então obras educativas. Marden, “fazer da vida uma obra prima”; Samuel Smiles e Edward Earle Purinton, “a desgraça da humanidade é a quantidade enorme de homens semicrescidos”. De um caixão de querosene, fiz a minha estante. Eu tinha 17 anos. Disse a minha mãe que ele um dia iria para um museu em minha memória... Desconjuntou-o o tempo.

Comprando e lendo, tornei-me candidato a ser seu empregado: “a primeira vaga é sua”. Que veio no dia 7 de dezembro de 1937. Véspera de festa de N. S. da Conceição, a festa do Morro. Ele não perdia uma. Comecei ganhando 60$000 por mês. Na véspera de Natal, fui aumentando para 80 e ganhei de presente um relógio de algibeira Nice Watch. Comecei bem. Antes de trabalhar para ele, já conhecia todo o seu acervo. Mas não servia a ele. Servia a mim mesmo. Belarmino era semi-analfabeto. Lia, entretanto. Foi o primeiro intelectual que conheci. Também gostava de livros. Lastimou-se quando vendeu A Vida de D. Fr. Bartholomeu dos Mártires. Primeira edição, 1619. De leituras pessimistas: Nietszche, Schopenhauer, Albino Forjaz de Sampaio, Augusto dos Anjos; e contestadoras: Não Creio em Deus, Cristo Nunca Existiu, Jesus Cristo É Um Mito, A Razão Contra a Fé. Lia, bebia e recitava: “Vida, sorriso que passa/ Desventura, desgraça/ Um grande paradoxo universal/ A derrota do bem, a vitória do mal”. Bebia muito – “ou acabo com ela, ou ela acaba comigo”. Também dizia. Perdeu a parada. As leituras de Manoel Belarmino influenciaram o meu pensamento. O senhor Manoel Belarmino da Silva me deu a oportunidade de ser livreiro. De trabalhar em “defesa e à promoção do livro antigo, do livro esquecido, do livro raro”. Gilberto Freyre. Estou consciente de que “a profissão de livreiro não é mais profissão comercial. Mas, sim, uma tarefa de alcance intelectual em que se pode observar uma enorme proliferação de graus”. Se eu concordasse com Praxiteles, seria hoje tirador de caranguejos ou botador de meia-sola.

14/10/2010

O disco que invadiu todas as praias

roger-ultraje-rigor

Há 25 anos as vitrolas começaram a tocar canções ousadas de um álbum que havia acabado de sair do forno. Eles eram apenas garotos, mas brincalhões, inteligentes e atrevidos.

O disco? Nós Vamos Invadir Sua Praia. A banda? Ultraje a Rigor.

Agora, 1/4 de século após seu lançamento, o disco é relançado (Polysom, R$ 80 em média) da mesma forma que veio ao mundo: vinil. Em edição limitada, o álbum integra a série ‘Clássicos em Vinil’. Produzido com 180 gramas de vinil, teve o áudio remasterizado das fitas originais.

Os mais desavisados podem achar que se trata de uma coletânea de clássicos da banda, afinal, listam no disco canções como Rebelde Sem Causa, Mim Quer Tocar, Ciúme, Inútil e Eu Me Amo, por exemplo.

Mas não. É o disco de estreia do Ultraje, que das 11 faixas que lá constam, nove invadiram todas as praias. “Eu mesmo não tenho mais onde ouvir vinil”, brinca Roger, vocalista, guitarrista e compositor da banda. “Eu fiz questão de ter um para mim e estou louco para ouvir em algum lugar. Parece disco importado, e fico contente, pois estão escolhendo a dedo os discos que saem”, conta.

E não é só Roger que deve estar contente. Os fãs também, afinal, é quase impossível encontrar CDs do grupo. Roger revela que recebe muitos pedidos de fãs pelo Twitter (@roxmo), mas não tem como atender, pois não possui poder sobre os discos. “As músicas serão sempre minhas, se eu quiser regravá-las, tudo bem. Mas as versões originais, os fonogramas, pertencem às gravadoras. A Polysom disse que vai lançar nosso segundo disco em vinil também”, salienta.

Os garotos de São Paulo saíram da casa dos pais e passaram dois meses no Rio de Janeiro gravando o disco, relembra Roger. “O clima no estúdio com o Liminha era gostoso, tínhamos brincadeiras de ginásio. Colocávamos baldes com água em cima da porta, quando alguém entrava se molhava todo”, conta aos risos. “Tudo correu bem, na direção certa e nós nos divertindo. Acho que passou esse clima para o disco”. E passou mesmo.

Mas Nós Vamos Invadir Sua Praia não foi feito só de brincadeiras. As letras alfinetavam o momento político do País e também observavam o comportamento social. “Era algo que catalisava o pensamento do pessoal na época, então, sem dúvida era mais estimulante escrever naqueles tempos. Tinha mais assunto”.

ultrajevinil

Quando o álbum saiu, o País vivia o fim da ditadura, e algumas faixas como Marylou tiveram de ser modificadas. “A frase que ficou foi ‘Botar ovo pelo Sul’, quando a ideia era outra”, brinca o músico. “Dava um pouco de medo, não era a mesma coisa dos anos 1960, mas ainda dava um pouco de medo. Você tinha de falar por meio de analogias, de subterfúgios”, diz.

O grupo começou alguns anos antes, fazendo releituras de canções dos Beatles. Roger destaca que faziam as canções da fase inicial do grupo inglês, pois eram mais fáceis de tocar.

Roger tira do bolso várias histórias engraçadas, entre elas, a da grafitagem. “Fazíamos as propagandas com filipetas e grafite nos muros para divulgar a banda”, revela rindo. E continua: “O grafite era moda, né, colocávamos nosso logotipo e ninguém sabia do que se tratava, mas achavam curioso. Às vezes chegávamos no bar para tocar e o dono dizia: ‘Eu já ouvi falar de vocês’. Mas não, ele tinha visto no muro da esquina”.

Sucesso espontâneo em plena época de efervescência cultural, Nós Vamos Invadir Sua Praia veio para ficar.

E ficou! Assim como o Ultraje, ativo até hoje.

O álbum se tornou um clássico, quebrou barreiras e agora está aí, novo em folha novamente.

Fonte: Pilha na Vitrola

28/09/2010

As pequenas mortes

 

Quando a morte bateu à minha porta pela primeira vez, eu tinha pouco mais de dez anos de idade. A notícia chegara por telefone: meu tio e padrinho Antônio Rocha, muito querido por todos nós lá de casa, sofrera um acidente automobilístico e veio a morrer no hospital. O impacto assustador provocado no menino amedrontado seria apenas o prenúncio do que a vida, infelizmente, ainda me reservava.

A “indesejada” tinha para mim, então, um sentido sobrenatural, não fosse ela a mais natural consequência para quem vive. Confesso que hoje já não a temo, não por coragem ou por persegui-la, mas porque já compreendi que o mal maior está na saudade que nos deixam os nossos mais queridos quando não podemos mais tocá-los e beijá-los.

São essas as nossas pequenas mortes interiores, que vão se acumulando ao longo da nossa existência. Quando aqueles que amamos partem, os que ficam também morrem um pouco junto. E numa equação que me parece desigual, se levam com eles algo precioso do que fomos, deixam conosco, também, um pedaço do que foram nas nossas vidas.

Por não crer na vida eterna, entendo que nós nos perpetuamos na essência dos que nos amam – e, por isso, continuarão a nos guardar nas suas melhores lembranças quando aqui já não estivermos.

Morrer um pouco a cada dia é o destino da nossa vida biológica; sofrer as pequenas mortes é a pena que paga a nossa alma pela perda dos inconfundíveis e insubstituíveis afetos. Morremos com eles na mesma intensidade com que os amamos. (Viver é também sobreviver às ausências mais sentidas, reinventar-se sem o gozo da companhia que tanta falta nos faz.)

Costumo dizer aos que trago no peito, em tom de blague – mas com sincera esperança-, que prefiro me despedir antes que algum deles resolva assumir a dianteira. Perder um amigo ou um ente querido é a dor mais devastadora que pode atingir os que mantêm viva a alma, mesmo quando já são tantas as cicatrizes.

De uma coisa estou convencido: a morte definitiva só acontece para aqueles que não deixam saudade. Estes, certamente, não viveram a experiência única de terem sido amados, o que significa – ao fim e ao cabo – que não souberam o que é amar. 

Por Ricardo Mota

29/07/2010

Entre amigos – Martha Medeiros

Meus bons amigos!

Como era de se esperar, estamos partindo de Ituiutaba Smiley chorando

Vocês são testemunhas que eu tentei ficar, afinal, a cidade e os amigos que aqui fizemos são encantadores. Tudo conspirava para que ficássemos: o clima (apesar da baixa umidade), a tranquilidade, a qualidade de vida... Mas não vivemos só disso. É preciso ter o vil metal e estava cada vez mais difícil conseguí-lo por aqui. Por isso estamos de “mala e cuia” nos mudando para o Recife. Elga conseguiu um bom emprego lá e eu estou de volta ao meu escritório.

Saibam, porém, que jamais esquecerei qualquer um de vocês. Cada um com sua peculiariedade, estão guardados dentro do meu coração e lá ficarão por toda a eternidade (pelo menos enquanto eu viver, hehehehe).

Para acabar com essa ladainha, compartilho com vocês um texto de Martha Medeiros que eu gostaria de ter escrito Gargalhando

Beijos nas minas e abraços nos manos.

::::::::::::::::::::::::

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

Martha Medeiros

Por Enquanto

Por Enquanto Legião Urbana

Mudaram as estações
Nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu,
Está tudo assim tão diferente...
Se lembra quando a gente chegou um dia à acreditar...
Que tudo era pra sempre,
Sem saber, que o 'pra sempre',
Sempre acaba ...
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou,
Quando penso em alguém,
Só penso em você...
E aí então estamos bem...
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está,
E nem desistir, nem tentar,
Agora tanto faz...
Estamos indo de volta pra casa...

03/07/2010

Adios muchachos

bandeira-argentina
 
 
Adios muchachos, compañeros de mi vida,
Barra querida de aquellos tiempos.
Me toca a mi hoy emprender la retirada,
Debo alejarme de mi buena muchachada.
Adios muchachos. ya me voy y me resigno...
Contra el destino nadie la talla...
Se terminaron para mi todas las farras,
Mi cuerpo enfermo no resiste más...
 
Acuden a mi mente
Recuerdos de otros tiempos,
De los bellos momentos
Que antaño disfrute,
Cerquita de mi madre,
Santa viejita,
Y de mi noviecita
Que tanto idolatre.
Se acuerdan que era hermosa,
Mas linda que una diosa
Y que, ebrio yo de amor,
Le di mi corazón?
Mas el señor, celoso
De sus encantos,
Hundiendome en el llanto,
Me la llevo.
 
Es dios el juez supremo.
No hay quien se le resista.
Ya estoy acostumbrado
Su ley a respetar,
Pues mi vida deshizo
Con sus mandatos
Al robarme a mi madre
Y a mi novia también.
Dos lagrimas sinceras
Derramo en mi partida
Por la barra querida
Que nunca me olvido.
Y al darle, mis amigos,
El adiós postrero,
Les doy con toda mi alma,
Mi bendición.
 
Adios muchachos, compañeros de mi vida,
Barra querida de aquellos tiempos.
Me toca a mi hoy emprender la retirada,
Debo alejarme de mi buena muchachada.
Adios muchachos. ya me voy y me resigno...
Contra el destino nadie la talla...
Se terminaron para mi todas las farras,
Mi cuerpo enfermo no resiste más...

Felipe Melo é assim

Arte:Luís Carlos Verri

gardenal

-Deus disse:”Faça-se a luz”. Chuck Norris disse:”Peça por favor”. E o Felipe Melo disse: “Calem a boca vocês dois!”

- Felipe Melo gosta de mingau com canela.

- Felipe Melo quando criança não ganhava carrinhos, ele dava

- Felipe Melo depois de ver a cotovelada do Kaká: “Amador…”

- Felipe Melo ligou para o SAC do seu cartão de crédito reclamando da cor. Ele queria o vermelho.

-A gestação do Felipe Melo era de gêmeos, até ele dar um carrinho no outro feto.

- Uma vez deram pro Felipe Melo uma Ferrari, ele disse que não queria porque só gostava de carrinho.

- Uma vez quando era criança, Felipe Melo teve seu sorvete derrubado por algumas crianças… isso foi somente uma vez….

-Após os treinos, alguns jogadores treinam cobranças de faltas, já Felipe Melo treina como cometê-las.

- Felipe Melo aprendeu futebol na escolinha da família Gracie.

- Uma vez Felipe Melo foi jogar JoKenPo com o presidente Lula. Ele tinha uma tesoura, e o Lula, 5 dedos.

- Quando Felipe Melo entra no treino os cones saem correndo.

- O cartão de visitas do Felipe Melo é vermelho.

- O Saci tinha duas pernas, isso antes de jogar futebol com Felipe Melo.

-Felipe Melo joga futebol arte… ARTE MARCIAL!

- Felipe Melo ganhou a primeira chuteira aos 4 anos. Aos 6 conheceu a bola.

- Jack Bauer resolve tudo em 24 horas. Felipe Melo em 24 faltas…

- O Felipe Melo foi expulso do UFC. Disseram que ele era violento demais.

- Felipe Melo não é um “Dunga Jr.”. É um “Dunga Jr. Baiano”.

- Por causa do Felipe Melo, os melhores momentos da Copa vão ser editados pelo Tarantino.

- Milhares de pessoas no mundo deram entrada no hospital após assistir o Felipe Melo em transmissão 3D.

- Roberto Carlos e Wagner Montes já entraram numa dividida com Felipe Melo.

- Felipe Melo não é bom de matemática mas gosta de dividir sem deixar restos.

- O Michael Jackson morto faz muita falta. O Felipe Melo vivo faz mais ainda.

- A lenda da mula sem cabeça começou depois de um pé alto de Felipe Melo.

- Felipe Melo é o único jogador que você encontra no FIFA 2010, no Winning Eleven e no Mortal Kombat.

Por Juca Kfouri às 06:49

22/06/2010

Iron Maiden: "Aces High" em versão tocada na Vuvuzela!



Não se fala de outra coisa, estamos em época de Copa do Mundo, que este ano acontece na África do Sul. As palavras "Jabulani" e "Vuvuzela" estão na boca do povo, não só no Brasil mas em todo o planeta! Foi nesse contexto que o perfil oficial do Iron Maiden no Twitter lançou o seguinte desafio:

"@IronMaidenFC No espírito da Copa do Mundo, gostaríamos de ouvir 'The Trooper' tocada na Vuvuzela. Alguém pode postar um vídeo?"

E não demorou muito para o primeiro registro de uma música do Iron Maiden com a Vuvuzela aparecer! Um grupo de torcedores brasileiros postou no Youtube um vídeo da clássica "Aces High" tocada com o barulhento instrumento dos torcedores da África do Sul.

As Vuvuzelas ganharam forte exposição na mídia devido à Copa do Mundo realizada na África do Sul. A origem do nome é controversa. Pode provir do Zulu "fazer barulho", a partir da "vuvu" som que faz, ou de gírias locais relacionadas à palavra "chuveiro." A vuvuzela tem sido alvo de controvérsia devido a possibilididade de o instrumento causar danos auditivos graves e permanentes. Confira abaixo o vídeo de "Aces High" na Vuvuzela!

29/05/2010

Uma Kombi de encher os olhos



(Chéri à Paris, por Daniel Cariello)
Essa aconteceu com um amigo meu que morou em Paris muitos anos atrás, e agora acabou de voltar pra cidade-luz. A história se passou nos anos 80, durante a primeira temporada dele na capital francesa.
Seu pai, riponga na década anterior, era o feliz proprietário de uma Kombi verde por fora e, se bem me lembro do relato, laranja por dentro. Qualquer coisa de impensável nos caretas dias de hoje, mas perfeitamente normal pra psicodélica geração Woodstock.
Após milhares de quilômetros rodados e muita fumaça (de carburador!, de carburador!) queimada, o sujeito decidiu separar-se do veículo, que havia se tornado um trambolho no complicado trânsito parisiense. Com dor no coração, colocou um anúncio nos classificados do jornal. Tratou de ser minucioso e sentimental na descrição. Afinal, não era apenas um carro, era uma relíquia, um verdadeiro relato ambulante de uma passada época de sonhos.
Atraídos pela imperdível oportunidade, os interessados não tardaram a ligar. Alguns barganhavam, outros queriam marcar visita para conhecer aquela suposta maravilha, e havia ainda os que pediam detalhes específicos sobre a mecânica, o consumo e tudo o que todo mundo quer saber na hora de comprar um carro de segunda mão, mesmo que muitas vezes nem saiba o que está perguntando.
Ali pelo fim do dia o telefone soa mais uma vez. A voz confiante do outro lado não deixou dúvidas de que o negócio estava fechado.
- Passo aí amanhã pra buscá-lo.
- Não quer nem ver antes?
- Não. Ele é meu.
A euforia pela venda praticamente decidida, somada à tristeza pela iminente despedida de um objeto que certamente deixaria saudades, não durou muito tempo. Alguns minutos depois, o aparelho toca novamente.
- Escuta aqui. Quem você pensa que é, hein?
O vendedor e pai do meu amigo não entendeu tchongas.
- Hã?
A voz brava continuou.
- Bancando o espertinho pra cima do meu filho, né? Querendo vender um carro para um rapaz cego. Não tem vergonha não? O que ele faria com uma kombi, se não pode dirigir?
- Desculpa. Mas, veja bem, como podia saber que ele era cego?
- Pois ele é.
- Sinto muito pelo transtorno e por ele também, que sem a compra vai ficar a ver navios.
- O quê? Tá de gozação com a minha cara?
- Não, eu disse que ele não vai ficar a ver navios. Ou melhor, vai ficar a não ver navios. Quer dizer, vai navegar a ficar vendo…
O cidadão desligou na cara, bufando. Menos de um minuto depois, a campainha do telefone é ouvida de novo.
- Olha só, aqui é o cego. E sou eu quem decido o que quero comprar ou não. Dinheiro eu tenho. Você quer vender o carro ou não quer?
- Quero, claro.
- Então vou passar com um amigo amanhã de manhã pra pegar.
- Tá bom. E sei que não é meu problema, mas abre o olho com o seu pai, viu?
- Hã?
- Ops, nada.
Na manhã seguinte, o comprador e o seu colega batem à porta da casa. De fato, o sujeito não enxergava absolutamente nada, mas estava determinado a fechar o negócio. Tateou a lataria da kombi, sentiu o VW da frente, acariciou os faróis, chutou os pneus, alisou os vidros, apalpou os bancos de couro, sentou na posição do motorista, virou o volante para os dois lados, pisou nos pedais, encaixou uma ou duas marchas, girou a chave, apertou a buzina, ligou o rádio e desceu do carro mais do que satisfeito.
- É perfeito!
Guardando no bolso o cheque pelo pagamento, o pai do meu amigo dirigiu-se ao acompanhante do cego.
- É você quem vai dirigir, né?
O cara não falou nada.
- Ei, perguntei se é você quem vai dirigir o carro.
Continuou sem resposta, até o cego intervir.
- Você está perdendo seu tempo, ele é surdo e mudo.
E os dois montaram na kombi verde felizes da vida, levando adiante o destino psicodélico daquele veículo.

16/05/2010

Ronnie James Dio: vocalista morre aos 67 anos


Wendy Dio, esposa e manager de Ronnie James Dio (DIO, HEAVEN & HELL, Black Sabbath, RAINBOW), enviou o seguinte comunicado ao BLABBERMOUTH. NET.

“Hoje meu coração se despedaçou, Ronnie faleceu às 7:45 da manhã de hoje, domingo, 16 de maio de 2010. Muitos, muitos amigos e familiares puderam estar presente para se despedir antes que ele partisse.

Ronnie sabia o quanto todos o amavam.

Agradecemos o amor e apoio que vocês nos deram.

Por favor, nos dêem alguns dias de privacidade para lidarmos com esta terrível perda.

Por favor, saibam que ele amava a todos e sua música viverá para sempre".
Há apenas um mês atrás Dio, 67, falou sobre sua batalha contra o câncer com a Artisan News Service no tapete "negro" do Revolver Golden Gods Awards, em 08 de abril no Club Nokia, no centro de Los Angeles. Quando perguntado sobre como ele estava se sentindo desde que ele foi diagnosticado com a doença no ano passado, Dio disse:

"Bem, eu me sinto bem e mal às vezes. É um processo longo. Quimioterapia é .. eu nem imaginava o quão difícil é essa coisa. É um verdadeiro efeito cumulativo - quanto mais você tem, mais ele se acumula e você leva mais tempo e mais tempo para superar isso. É muito difícil me alimentar. Eu não gosto de comer de qualquer jeito, então eu acho que está OK. Mas eu sei que tenho que fazer. Mas isso é muito, muito difícil. Mas se você está determinado a vencer, então você tem que ir com o que você acredita que vai dar certo para você, e neste caso é isso. Vou para um grande hospital em Houston chamado Anderson MD, que eu acho que é o melhor hospital do mundo. Eu tenho o melhor médico do mundo, Dr. Ajani, em quem eu confio muito e realmente acredito, por isso acho que fiz as coisas certas. Faz-me sentir positivo sobre a minha vida e na certeza que há muito mais do que viver ".

No início deste mês, o HEAVEN & HELL cancelou seus planos de turnê de verão na Europa, devido ao tratamento de Dio para câncer de estômago. A banda afirmou em comunicado que Dio não estava "suficientemente bem para turnê neste verão. Esperamos que todos compreendam e queremos agradecer os fãs e colegas da indústria pelo seu contínuo apoio neste momento."

Ronnie James Dio fez parte do ELF, RAINBOW, Black Sabbath, e DIO, sua própria banda. Outros projetos musicais incluíram o "Hear 'n Aid", um projeto coletivo beneficente. Ele era amplamente reconhecido como um dos cantores mais poderosos do heavy metal, conhecido por sua voz poderosa e consistente e por popularizar o gesto de "chifres do diabo" com a mão na cultura metal.

Mais recentemente, esteve envolvido com o HEAVEN & HELL, um projeto que incluiu também o ex-companheiros do Black Sabbath, Tony Iommi, Geezer Butler e Vinny Appice. O primeiro e único album do grupo, "The Devil You Know", foi lançado em 28 de abril de 2009.

R.I.P. Dio… :-(

Fonte: http://whiplash.net/materias/news_863/107949-dio.html

14/04/2010

Sam e Duda em estúdio

Que Duda toca divinamente, todo mundo já sabe. Agora Sam está seguindo os passos dele, só que na batera! Ele está tendo aulas há um mês no Conservatório Estadual, aqui em Ituiutaba e já está arrasando!!!! Pelo menos na minha opinião de pai babão e metaleiro, huahuahuahua.

Esse videozinho foi feito em um estúdio em Recife. A qualidade não é lá essas coisas porque foi feito com o celular, mas dá pra ver a virtuose do meu garoto, kkkkkkkkk. Dá uma sacada:


11/03/2010

Um machado para quebrar o mar de gelo dentro dos homens


Kafka e os livros

Numa carta a Oscar Pollak, em 1904, o escritor Franz Kafka, disse – a meu ver – algo definitivo sobre os livros e o ato da leitura. A seguir, um trecho dessa carta:

“Acho que só devemos ler a espécie de livros que nos ferem e trespassam. Se o livro que estamos lendo não nos acorda com uma pancada na cabeça, por que o estamos lendo? Porque nos faz felizes, como você escreve? Bom Deus, seríamos felizes precisamente se não tivéssemos livros e a espécie de livros que nos torna felizes é a espécie de livros que escreveríamos se a isso fôssemos obrigados. Mas nós precisamos de livros que nos afetam como um desastre, que nos magoam profundamente, como a morte de alguém a quem amávamos mais do que a nós mesmos, como ser banido para uma floresta longe de todos. Um livro tem que ser como um machado para quebrar o mar de gelo que há dentro de nós. É nisso que eu creio.”

Foto: Kafka em 1917.

08/03/2010

O DESAFIO DO PRIMEIRO TRABALHO ACADÊMICO

Do meu amigo/irmão Balu

O DESAFIO DO PRIMEIRO TRABALHO ACADÊMICO >> Maurício Cintrão

Voltar a pesquisar com o compromisso do registro acadêmico é muito diferente do escrever jornalístico. A afirmação parece óbvia, mas só parece. Muitas pessoas olharam para mim com espanto quando eu disse que estava com dificuldades para escrever a reflexão-síntese entregue no último sábado.

No geral, a expressão era de “justo você com problemas em texto?”. É como se a intimidade com a escrita resolvesse qualquer desafio de texto por escrever. No mundo real não é assim. Dependendo da modalidade, o texto é um parto sem anestesia. Há situações em que o neném só sai a fórceps, porque não dá mais tempo para a cesariana.

O texto ao qual me refiro era um “dever de casa” sobre a disciplina “Legislação e Culturas Populares”, um dos módulos do meu pós-graduação em Cultura Popular Brasileira. O resultado ficou interessante, bem diferente do que eu desejava, mas melhor do que eu temia. Vamos aguardar a avaliação do professor, que vai dar prumo para essa prosa. Mas fiquei feliz por ter conseguido entregar no prazo.

Também fiquei contente porque comecei a desenferrujar o raciocínio. Isso é muito importante, especialmente nestes tempos de embotamento da memória e da capacidade de refletir. Seja pela falta de exercício, seja pelos efeitos da idade, eu andava meio lento, feito TV a válvula.


Para quem não conheceu, o televisor à válvula dos primórdios da TV demorava um bocado para ligar (precisava “esquentar”) e apresentava toda a sorte de problemas. A imagem desestabilizava com frequência.

Para assegurar a qualidade da recepção do sinal da TV era preciso usar botões que controlavam “Vertical” e “Horizontal” no aparelho. É difícil explicar isso nos tempos em que se assiste TV no telefone celular, mas era como se a imagem vestisse pijama de vez em quando e ficasse com soluços, pulando. Um horror. Tudo branco e preto, aliás.

Não estou tão mal assim. Pelo menos sou colorido. Mas a capacidade de lembrar é prejudicada feito sinal de TV antiga. Na medida em que o tempo passa, parece que os lapsos tornam-se mais comuns. Será que é só falta de prática? Não sei, vou colocar essa tese à prova daqui para a frente, com a infinidade de artigos, apostilas, livros e documentos a ler, analisar, assinalar e citar em meus próximos textos.

O fato é que passei por grandes apuros para redigir o primeiro texto acadêmico e isso eu não vou esquecer. Feito o sutiã da adolescente na propaganda do passado*, o primeiro desafio acadêmico a gente nunca esquece.

(*) filme comercial de TV criado em 1987 pela então W/GGK, depois W/Brasil, do publicitário Washington Olivetto para o fabricante de sutiãs Valisére. É um dos comerciais com o mais alto índice de lembrança entre telespectadores da época, até entre velhinhos como eu (rs).

Para saber mais, vale ler a monografia “Uma análise dos recursos persuasivos do comercial: ‘o primeiro sutiã’ da empresa Valisère”, de autoria de CINTI, Paulo; FONTANEZZIi, Renata M. M. e VIEIRA, Lucas M., localizado em 08/03/2010 no sítio http://www.facef.br/rec/ed01/ed01_art04.pdf

02/03/2010

Kiss: vídeo da participação no "Extreme Makeover"

O episódio Kiss do "Extreme Makeover: Home Edition" foi ao ar no último domingo, 21 de fevereiro, na ABC-TV (aqui passa no Discovery Home & Health). A aparição da banda no programa pode ser vista abaixo.

No espírito do Kiss Army, quando o famoso programa da ABC "Extreme Makeover: Home Edition" contou ao legendários roqueiros do Kiss sobre uma família de fãs necessitados em Gainesville, Florida, que começaram uma escola de música em casa sem fins lucrativos enquanto sua própria casa caía aos pedaços, a banda atendeu ao chamado e lançou o ataque durante sua parada em Tulsa na Turnê Norte-americana KISS/Alive 35.

Tobin e Jill Wagstaff, um casal com quatro filhos, operam o Studio Percussion, uma escola que atualmente atende cerca de 200 pessoas, a metade recebe ajuda financeira ou uma bolsa de estudos integral. A escola sem fins lucrativos só tem condições de pagar um salário a Tobin, de 29 anos, então Jill, 32, ainda tem que trabalhar como educadora em uma pré-escola para ajudar a pagar as contas.

A devoção absoluta à família, escola e comunidade, deixa pouco tempo e ainda menos recursos para cuidar da casa, que precisava de reforma urgente. Os pisos e telhados estavam completamente podres e todo o sistema elétrico da casa era defeituoso.

Em apenas sete dias, o time do "Extreme Makeover: Home Edition" liderado por Ty Pennington, a equipe, e a comunidade de Gainesville reconstruiram a casa, enquanto o programa enviou a família à férias surpresa no estilo Rock and Roll.

A família Wagstaff, que é grande fã do Kiss, vôou até Tulsa, Oklahoma, para encontrar a banda, que tocou no BOK Center em Tulsa, no dia 8 de dezembro, como parte da turnê norte-americana KISS/Alive 35 tour, promovendo o "Sonic Boom", o primeiro álbum da banda em 11 anos.

Na manhã seguinte, o Kiss e a família Wagstaff se encontraram na Wilson Middle School em Tulsa. Gibson e Mr. Holland's Opus Foundation presentearam a escola da família Wagstaff com $100.000 em instrumentos Gibson, e a própria escola foi reformada. Alguns dos estudantes de Tulsa até mesmo fizeram a famosa maquiagem do Kiss para mostrar seu apoio.

25/02/2010

Sem palavras

Que Sam gosta de ler, todo mundo já sabe. De novidade só o interesse mais específico por literatura. Dia desses, tia Fátima (a professora de literatura dele) pediu a cada um dos alunos para dizer qual a importância da leitura. Sam disse:

- Não tenho palavras para demonstrar o quanto eu gosto de leitura.

A tia Fátima disse que a definição fora perfeita.

Depois eu que sou o babão

24/02/2010

Fuleiragem


AROEIRA - JORNAL O SUL

Petkovic desmonta preconceito "global"



O jogador Petkovick defende o socialismo da antiga Iugoslávia e responde a altura a Ana Maria Braga:

"Quando nasci não tinha dificuldade nenhuma. Era um país maravilha, vivíamos um regime socialista, todo mundo bem, todos tinham salário, todos tinham emprego, os problemas aconteceram depois dos anos 80 (devido a guerra separatista)"

Fonte: Diário Gauche

23/02/2010

A grande Joan Baez



Coisa difícil para o intérprete é não desafinar. Todos desafinam. Todos. Todas. Menos Joan Baez. Aqui, a interpretação afinadíssima de Brothers In Arms (clássico da banda Dire Straits), uma raridade.

"Chupado" de http://diariogauche.blogspot.com/

21/01/2010

Pirataria 2.0

Você não paga pelo produto original, mas vai pagar pelo download ilegal. É a lei do mercado aplicada à risca pela indústria e pelos piratas.

Webinsider – 03.dez.2009 (link)

Passados dez anos do emblemático caso Napster vs Metallica, a indústria de entretenimento mirou onde viu e acertou onde não viu.

Pirataria 2.0 é quando você não se importa mais em pagar para ter acesso privilegiado (e ilegal) a todo tipo de conteúdo: filmes, música, pornografia, seriados, desenho animado, livros.

Conteúdo que até agora você sempre teve de graça. E em apenas uma fração de minuto pela conexão banda larga.


É extensa a lista dos sites que foram fechados e das tecnologias que desapareceram nesse intervalo de tempo. O golpe de misericórdia veio agora, final de 2009.

Após uma longa jornada de batalhas judiciais, conseguiram fechar ou intimidar sites outrora considerados imunes à perseguição. Caso do Demonoid, Mininova e The Pirate Bay, por exemplo.

Sobrou pouco. Alternativas menores e menos populares continuam disponíveis enquanto brigam judicialmente, fazendo com que advogados repensem uma série de princípios das relações comerciais e diplomáticas entre países.

Quem acompanha de perto o cenário tem até medo de ser processado ou perseguido por baixar arquivos da internet. Os precedentes são numerosos e a paranóia da indústria parece não ter limites.

Hoje temos provedores abrindo a conta de usuários “sob suspeição”. Temos operadoras sendo coagidas a capear a velocidade de conexão quando detectam o uso de protocolos para compartilhamento descentralizado, como torrent ou peer-to-peer (P2P).

Ocorre que nem sempre há coerção. Porque não há sequer uma mínima regulação sobre o assunto. Aqui no Brasil a gente sabe como, quando, onde e quem faz isso. Operadoras chegam a capear, limitar ou bloquear até mesmo conexões VoIP para você desistir de fazer ligações interurbanas (DDD) usando o Skype.

E não fazem a menor questão de especificar esse “recurso” em contrato. Aquele mesmo contrato que você assina sem ler. É todo o respaldo jurídico de que precisam. Sem um marco regulatório claro, não estão exatamente cometendo uma ilegalidade.


Aqui o jogo começa a esquentar. Há exatos dez anos se fala em neutralidade de rede (net neutrality) e o conceito nunca deixou de ser exatamente isto: um conceito.

São centenas de teses de doutorado, estudos técnicos e extensos relatórios sobre a neutralidade de rede. Pode fazer o download desses documentos, não é pirataria.

Na prática, neutralidade de rede nunca saiu do papel. É uma regulação que só interessa ao consumidor, não interessa a nenhuma indústria.

Com tanta dedicação a coibir o uso de redes compartilhadas, a indústria não levou em conta que a falta de marcos regulatórios vale para todos.

E criou um monstro sem querer.

A pirataria depois de amanhã

É óbvio que a pirataria organizada (em alusão proposital ao crime organizado) iria achar solução. Sempre achou. E não tem nada de Sun Tzu.

Você vai pagar, mas não será para as detentoras das marcas ou dos direitos autorais. Não vai pagar pelo produto legalizado. Você vai pagar para fazer o download do conteúdo pirateado mesmo, por meio de redes particulares ou hubs criptografados que vão indexar e hospedar todo esse material. Como se fosse o cofre de uma conta bancária na Suíça ou o papel moeda das Ilhas Cayman.

Pirataria 2.0 já começou. E estão usando as mesmas armas da indústria.

A função do camelô da 25 de março em São Paulo ou do atravessador da Feira dos Importados em Brasília continuará a mesma. Só que além de vender jogos piratas do Playstation e o novo Windows, você também vai comprar uma senha para ter acesso a uma rede privada, anônima, criptografada. Uma rede própria da “loja” ou de um pool de piratas organizados.

Ele pode lhe vender um pendrive com o acesso que você precisa. Ou simplesmente escrever num papelzinho o endereço HTTPS e lhe vender só a senha. Até a sua bisavó vai saber digitar no Firefox. Mais fácil, impossível.

Neste exato momento, há um custo de manutenção sendo pago por um número mínimo de pessoas ao redor do mundo. Essas redes trabalham com criptografia, com transferências seguras via SSL por FTP e até mesmo usando pontos de presença móveis.

Várias delas usam os mesmos protocolos e certificações usados pelos sites de comércio eletrônico para garantir a privacidade e segurança do seu cartão de crédito.

A idéia nem é nova, está presente no submundo da internet há bastante tempo. Só nunca teve aceitação popular, nunca se popularizou como está sendo agora. Via de regra porque todo esse mundo de conteúdo ilegal ainda pode ser encontrado de graça, sem pagar nada.

Mas esses dias estão contados.

Até pouco tempo atrás, pensar em pagar por uma espécie de Napster privativo parecia loucura. Todos que tentaram (inclusive o próprio Napster) falharam.

Acontece que todos tentaram com conteúdo específico (nicho) e material legalizado (direitos autorais), um verdadeiro entrave se consideramos todas as amarras comerciais e jurídicas do processo. É o exato oposto das redes de compartilhamento que conhecemos até hoje e por onde transitam os terabytes de conteúdo ilegal a cada minuto.

Esse período de agora vai ficar marcado como o fim de uma rede de sistemas e protocolos baseada no compartilhamento de arquivos ilegais.

De agora em diante, quem antes compartilhava vai oferecer os mesmos arquivos ilegais, pela internet, do mesmo jeito. Só que por um preço. E muita gente já quer e vai querer pagar, pela facilidade e comodidade.

O embrião da Pirataria 2.0 está com grupos profissionais de piratas e contas pagas em serviços como o Rapidshare, um dos redutos o qual a indústria ainda não conseguiu – e nem vai conseguir – interromper. Sabe por quê?

Porque aqui não é a lei da selva que predomina, onde apenas o mais forte sobrevive. A indústria sempre foi e sempre será um grão de areia frente às possibilidades das redes telemáticas.

Trata-se simplesmente da boa e velha lei de mercado. Onde houver demanda, haverá oferta. Nunca deixou de ser assim. Se fechar uma porta aqui, ali na frente abrem duas.

Sites como Rapidshare ainda precisam de indexadores, no sentido de você saber o link exato ou onde encontrá-los. Ainda precisam de atravessadores, digamos assim.

Além de voltar a usar HTTP em redes privadas, a Pirataria 2.0 começa a adotar protocolos que perderam popularidade com o passar do tempo, como o FTP e a Usenet. Estão voltando a abolir a necessidade de indexadores. Só quem vai saber é quem for sócio.

É assim que funciona quase todas as redes de pedofilia, detalhadas ao extremo em relatórios produzidos pelas polícias internacionais e pelas instâncias jurídicas de todos os países.

Todo mundo sabe como funciona, mas ninguém consegue fechá-las. Por que? Pergunte a qualquer juíz se existe luz no fim do túnel.

As redes privadas e criptografadas da pirataria 2.0 vão funcionar quase como uma aldeia indígena no Brasil. Mesmo que haja suspeita de atos ilícitos lá dentro, ninguém entra sem uma autorização expressa da Funai.

Acontece que no ciberespaço não existe Funai. Os diversos órgãos regulatórios funcionam de direito, não funcionam de fato. Porque nunca foi interesse do mercado, não é interessante criar marcos regulatórios para o mercado.

Exceção à regra são alguns poucos países da União Européia, onde a cultura regulatória socialmente direcionada está mais presente. Não à toa, são os mesmos países criticados e combatidos pelas maiores corporações. Pensou na briga judicial Microsoft vs UE? Pois é. E ela é apenas uma.

Olhe para as agências reguladoras no Brasil (Anatel, Aneel e outras quitandas) e tire sua própria conclusão. Não ache que em outros países é muito diferente. A maioria dos órgãos com competências similares são meros mostruários de boas intenções sem a menor aplicabilidade.

Ou será à toa que o Brasil é o país com as tarifas de telecomunicações mais caras do mundo?

Sobre a pirataria de hoje

Se a boa intenção é conter a pirataria de software e conteúdo ilegal, é preciso deixar bem claro: só existem dois fatos concretos, o resto é opinião e ideologia:

1) Pirataria (ainda) é crime e sites indexadores de torrent são, sim, uma fonte irrestrita de pirataria. É pueril adotar o argumento de que esses sites não hospedam os arquivos, mas apenas apontam o caminho de onde estão; logo, não poderiam ser incriminados.

2) Partindo da premissa 1, se indicar o caminho para conteúdo ilegal vai passar a ser configurado juridicamente como oferta de conteúdo ilegal, então é preciso fechar toda a internet. A começar pelo Google.

Pelo Google eu encontro qualquer torrent. Pelo Google e por qualquer outro mecanismo de busca, eu encontro redes públicas e privadas de pedofilia, remédios falsificados para comprar, contato de grupos de extermínio ou posso simplesmente achar linhas de código que me permitam descobrir senhas de terceiros.

Vamos fechar o Google? Vamos exigir uma autorização especial para usar internet, tipo uma licença de uso ou carteira de motorista?

Enquanto não houver regulações claras sobre a atuação das corporações e fiscalizações peremptórias por parte dos órgãos regulatórios, a lei do mercado sempre vai prevalecer.

E isso não é necessariamente ruim. É quando entra a ideologia de cada um. A lei de mercado sempre foi o desejo da indústria, para defender “os interesses dos artistas” (copyright) e “combater o tráfico de drogas” (o discurso atual). Sem esse desejo incontrolável e tão perseguido, não teríamos a Pirataria 2.0 que surge no horizonte.

Porque agora os interesses são mútuos.