28/02/2009

Quizumba de Banzé


Prosseguindo no maravilhoso carnaval multicultural, ontem fomos ao bairro do Recife, assitir nosso sobrinho Filipe, que toca alfaia no grupo Quizumba de Banzé.

"O som exalava da Rua da Moeda e tomava toda a atmosfera dos arredores. Nada passava imune aos efeitos do batuque. O carro branco com placa de Minas Gerais, contagiado pelo som que se avolumava com a proximidade, freou lentamente, baixou os vidros das janelas e se permitiu passar bons minutos envolvido na música dos instrumentos. A viatura da polícia que fazia a ronda no bairro do Recife Antigo seguiu o mesmo ritual e só voltou ao trabalho quando os olhares surpresos dos demais espectadores soaram críticos. Turistas orientais de passagem sorriram com os olhos apertados e visivelmente intimidados com tanto movimento. No centro das atenções, alfaias, baquetas, abês, mãos, braços, caras e bocas. Um colorido atipicamente harmônico de sandálias de couro e sapatos fechados, bermudas e camisas sociais amarrotadas, tudo batizado com suor.

"Quizumba de Banzé" ou "mistura festiva", na tradução de vocábulos angolanos para brasileiros. Esse é o nome da união das pessoas que fazem música ecoar nas paredes antigas e peculiares do bairro recifense. Nada mais apropriado. O grupo de percussão é um mosaico de idades, cores e ritmos. É um culto ao maracatu, à manifestação cultural e folclórica pernambucana com temperos africanos, indígenas e europeus. A despeito das origens, encanta a gregos e troianos. Quase tudo é híbrido e rico. De simples e pura, só a alegria estampada nas expressões dos maestros." Fernanda Buril (28/01/08).


24/02/2009

Greantes

Se tivesse combinado, não tinha dado certo.

Ontem, fomos ao Bairro do Recife, ver o carnaval com Sam. Colocamos o carro no estacionamento do Paço Alfândega e quem vimos?? Nosso amigo greante Abu Zadim. Ele, Keilla e Eduardo.

Imagine: nós viemos de Ituiutaba/MG a mais ou menos 2.500 Km e eles de Montreal, no Canadá (nem sei a medida pra saber a distância de lá pra cá) e a gente se encontra no estacionamento do shopping onde cabem mais de 2.000 carros!

Olha a prova aí embaixo:



Voliteeeeeei Recife!!!

Pois é. Chegamos ao Recife. Vamos ficar até o domingo dia 01/03.

De boas vindas, ainda do aeroporto pra casa de Réu, fomos recepcionados com uma "pedrada" no carro. Pense num susto!

Bem-vindos ao Hellcife! Disseram que é uma modalidade antiga de assalto.

Hoje vamos ao Galo da Madrugada, o maior bloco de carnaval do mundo. Abaixo, nós na concentração.


Quando chegarmos, postamos outras fotos (se não roubarem a máquina).

Fuleiragem

RONALDO - JORNAL DO COMMERCIO - RECIFE-PE

15/02/2009

Guia de sobrevivência do turista no Carnaval de Pernambuco


Esse guia é de autoria de meu “cumpadi” Fábio Barros, o repóter Bacurau. É de 2006, mas continua atualizadíssimo.


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Bacurau no Carnaval 2006


O Carnaval de Pernambuco é, sem dúvida, um dos melhores do Brasil. É tempo de gréia, alegria e festa, mas, como reza a Lei de Murphy, é também tempo de algumas aporrinhações. Para evitar essas broncas, aqui vão algumas dicas pra se divertir na folia de Momo em Recife e Olinda:

1. Ao encontrar algum bloco que possui boneco gigante, preste atenção nas mãos do boneco pro mode não levar uma mãozada no quengo. Embora o efeito do álcool se vá logo após a chapuletada, não é, obviamente, uma sensação agradável.

2. Se você escutar alguém gritando "Madeeeeeeeeeeeeeeeeira", não se assuste, pois ninguém vai ficar derrubando árvore em pleno Carnaval. É apenas algum bloco ou banda cantando o hino do bloco "Madeira do Rosarinho", o qual você vai escutar umas 14.889 vezes por dia. Até a quarta-feira de cinzas, você saberá a letra de cor.

3. Não se incomode se, ao seguir um bloco, a bandinha tocar sempre as mesmas músicas. Também não se incomode se, ao seguir próximo bloco que passar, a banda deste tocar as mesmas músicas que o bloco anterior tocou. O Carnaval de Pernambuco é assim mesmo, é tradição. É a época do ano que os pernambucanos se reúnem pra ouvir as mesmas dez músicas de sempre.

4. Nem pergunte qual é o frevo novo que é a sensação deste ano. Faz tempo que isso não existe em Pernambuco. E nem invente de perguntar qual é a dança da moda. Você corre o risco de apanhar.

5. Nunca entre em discussão com algum pernambucano sobre qual é o melhor Carnaval dentre o baiano, o pernambucano e o carioca. Vocês nunca vão chegar a conclusão alguma.

6. Nunca pergunte pra onde um bloco está indo. Siga-o apenas. Nunca se sabe onde um bloco vai parar.

7. Em Olinda, não se desespere se você passar horas e horas sem ver passar algum bloco de Carnaval. O bom do Carnaval olindense é a espera.

8. Não leve carteira, relógio, telefone celular e outros pertences pra o meio da folia. O Bloco do Arrastão desfila todos os dias e a qualquer hora.

9. Se você for homem, não fique constragido em mijar no meio da rua quando der vontade. Se assim não o fizer, vai acabar mijando nas caçolas se tentar achar um banheiro. Se você for mulher, trate logo de achar um banheiro público e entrar na fila duas horas antes de chegar a vontade de falar com o homem do bocão.

10. No Carnaval de Olinda, se você for uma mulher bonita, correrá o risco de, sem o seu consentimento, ser agarrada, beijada, apalpada e outras coisas terminadas em "ada". Se você for homem e tiver uma namorada gatinha, nem passe perto da cidade alta. Mas, se você for uma mulher feia, é hora de aproveitar e tirar o atraso acumulado. Pois, em Olinda, vale o velho ditado: "não existe mulher feia; você é que bebeu pouco". Vai que é tua, baranga!

11. Outro ditado que vale no Carnaval: cu de bêbo não tem dono. Assim, vale mais usar o outro ditado "quem tem cu, tem medo" na hora de beber.

12. Não saia cedinho de casa pra ver o desfile do Galo de Madrugada. Este bloco não desfila e nem nunca desfilou de madrugada.

13. Em Olinda, depois de tomar todas, nunca tente subir a Ladeira da Sé à pé. Álcool só é combustível pra automóvel.

14. Se você for pra folia de carro, prepare-se para pagar antecipadamente 10 reais ao flanelinha pra deixar o carro na rua. Além disso, prepare pra enfrentar engarrafamentos homéricos.

15. Não fique constrangido se você estiver no meio de um bloco "lírico" e não souber o que porra é lirismo. Também não fique sem jeito se o bloco for um do tipo "bloco-de-saudade-de-velhos-carnavais" e você não estiver sentido saudade alguma. Metade dos participantes desses blocos também não sentem porra de saudade nenhuma.

16. Se você for alérgico a mofo, passe longe dos "blocos-de-saudade-de-velhos-carnavais".

17. No meio desses "blocos-de-saudade-de-velhos-carnavais", finja que sabe quem é Felinto, Pedro Salgado, Pierre, Fenelon e o velho Edgar Moraes. Assim, você se enturmará mais rápido com o pessoal. Se, por curiosidade, você perguntar quem são esses caras, provavelmente vai receber como resposta um constrangido "não sei".

18. Não há problema algum em não saber dançar frevo. 99% dos pernambucanos não sabem fazer o passo.

Publicado por Repórter Bacurau

BRock: lembranças da efervescência cultural dos anos 80”


Por Eduardo Guimarães

É inquestionável a importância das dezenas - talvez centenas - de bandas brasileiras que surgiram nos anos 80 e ajudaram a criar a cena do Rock nacional. Tantos anos depois daquela efervescência cultural, como as pessoas que estiveram diretamente ligadas aquilo vêem o passado? Na matéria a seguir dois personagens dessa história e um DJ especializado em música dos anos 80 relembram e comentam um pouco sobre aqueles anos. Confira.


Se os anos 80 são conhecidos como década perdida devido à estagnação econômica, no mundo da música as coisas foram diferentes. No exterior surgiram novos grupos e artistas apresentando um novo som dançante, cheio de timbres e texturas sonoras criadas por uma nova geração de instrumentos eletrônicos. Era a New Wave, depois o Synthpop e tudo que veio do Kraftwerk e fez parte das origens da música eletrônica.


O Rock pesado dos anos 70 ganhou novos elementos e nasceu a New Wave of British Heavy Metal. Na seqüência o Thrash, o Death, o Black e aí por diante.
No Brasil, a anistia e a transição da ditadura para o regime democrático ajudaram a criar um clima eufórico que refletiu na produção cultural. A juventude que até então estava amordaçada pôde falar mais alto. A censura dava os últimos suspiros e as músicas nas rádios começaram a mudar. “Até 1981, 1982, o que saía de música nacional tinha que ser MPB. As rádios só davam cobertura para este tipo de música”, comenta o DJ Marcos Vicente, idealizador da Autobahn (
http://www.autobahn.com.br/), festa dedicada aos anos 80 que é realizada semanalmente em São Paulo.

No lugar da MPB politicamente engajada dos anos 60 e 70, as rádios começaram a ser invadidas por bandas do chamado BRock. O jornalista e radialista Kid Vinil (
http://www.kidvinil.com/), na época vocalista da banda Magazine, comenta sobre aquele momento na música. “Foi uma oportunidade única para o Rock brasileiro. A MPB estava em baixa e abriu-se uma lacuna. Foi por aí que as bandas entraram”.

O vocalista e guitarrista do Ultraje à Rigor (
http://www.ultraje.com.br/), Roger Moreira, dá sua versão para o surgimento do BRock. “Imagino que seja por uma coincidência de fatores. A filosofia do DIY - do it yourself (faça você mesmo) - dos Punks, aliada a uma falta de identificação dos jovens com a música que se fazia na época”.

Dezenas de bandas surgiram durante a primeira metade dos anos 80. Algumas tiveram apenas um ou dois sucessos e logo depois sumiram. Outros se tornaram grandes nomes do Rock nacional.

A efervescência criativa daquela geração foi identificada como um novo mercado para a indústria fonográfica. “Houve o interesse das gravadoras por grupos que já tinham público e eram baratos de se gravar, ao contrário dos medalhões da MPB que gastavam muito mais para gravar e já não davam tanto retorno”, comenta Roger.

Kid Vinil também cita este interesse como fator importante. “As gravadoras sentiram que poderiam vender discos com aquela nova geração e passaram a investir nos grupos. Tudo soprava a favor daquele novo Rock. Todo mundo fez sucesso, tocou no rádio, apareceu na TV e fez muitos shows”.

“É interessante que na TV a gente se apresentava em programas como Chacrinha, Bolinha e Barros de Alencar junto com artistas populares como Gretchen e Amado Batista, por exemplo. Mas a turma do Pop Rock 80 era mais unida. Éramos amigos do Kid Abelha, do Barão, dos Paralamas. Todos eram unidos e muito amigos e ao mesmo tempo respeitávamos aquela cena ‘brega’ desses programas. Tudo era uma verdadeira festa”, relembra Kid Vinil.

Quase 20 anos após o fim da década de 80, a música produzida naqueles dez anos continua forte nas rádios e na preferência do público. Artistas que surgiram na época continuam fazendo turnês por todo o mundo. Às vezes mesmo sem ter material novo. No Brasil não é diferente. Basta ver a lista de artistas que se apresentaram no ano passado no país. E este ano não deve ser diferente.
Muitos desses aficcionados pelas músicas dos anos 80 se encontram na festa Autobahn, o projeto do DJ Marcos Vicente realizado desde 1993 e considerado a primeira festa ‘revival’ da década. Além das pessoas que vivenciaram aqueles anos, muitos jovens e alguns que só nasceram depois de 1989 comparecem para curtir a festa. O DJ explica sua teoria para a festa agregar pessoas mais jovens. “A pessoa vai, às vezes, por influência de família. O irmão mais velho curtia e ele ouviu quando criança ou ouviu no rádio”.

Kid Vinil também acredita nessa influência. “Às vezes eu culpo os pais de terem influenciado seus filhos com a música dos anos 80. Vejo por aí muitos pais dizendo que seus filhos aprenderam a gostar das músicas dos anos 80 por influência deles”.

Mas o que a música do início dos anos 80 deixou como herança? A produção musical hoje em dia é tão diferente daquela dos anos 80? “O Rock brasileiro perdeu o seu bom humor. Ou será que nós já fizemos tudo que era possível em termos de bom humor?”, questiona Kid Vinil. “Sendo um pouco maldoso e bem-humorado, acho que perderam até a capacidade de autocrítica”, brinca Roger.

Há mais de 25 anos à frente do Ultraje à Rigor, Roger enfatiza sua posição sobre as diferenças entre as bandas nacionais daquela época e as de hoje. “É um ovo e um espeto eu diria, como se falava antigamente. Completamente diferentes. Nós não tínhamos nenhuma das facilidades de hoje, algumas criadas por nós mesmos. Não havia Internet, estúdios caseiros, lojas de instrumentos, MTV, nada. Fazíamos por puro idealismo, nosso objetivo era encontrar um lugar para tocar”.
Talvez a diferença seja grande. Ou talvez seja apenas um ponto de vista. A sonoridade, essa sim, é inquestionável que mudou. Se a mudança foi para melhor ou pior é o fã e ouvinte quem decide. O que não parece ter mudado é a vontade de pegar um instrumento e tocar. O sucesso de jogos como “Guitar Hero” e “Rock Band” parece ser um indicativo disso.

Uma coisa é certa: depois daqueles anos em que surgiram Ultraje à Rigor, Ira!, Titãs, Mercenárias, Garotos Podres, Blitz, Barão Vermelho, Magazine, RPM, Rádio Taxi, Zero, Plebe Rude, Inocentes e tantas outras bandas, a música nacional nunca mais foi a mesma.

Fonte:
http://territorio.terra.com.br/canais/canalpop/materias/materia.asp?codArea=6&materiaID=712

05/02/2009

Rock’n’roll ou R&B, blues rock ou jazz, country ou rock sulista, progressivo ou psicodélico, não importam as origens ou as influências, e sim a música, a criatividade e a originalidade.
Listamos aqui, em ordem alfabética, vinte das bandas mais representativas e influentes do estilo, cada uma com seu álbum geralmente considerado como mais expressivo, por algum motivo em especial. Como seria de se esperar, devido ao espaço limitado, muitas bandas igualmente importantes não foram abordadas diretamente. Alguns mais familiarizados com o estilo podem (e devem) sentir falta de nomes importantes como Thin Lizzy, Cactus, Budgie, Groundhogs, Lynyrd Skynyrd, Blue Öyster Cult, Gun, Mayblitz, Ten Years After, Rory Gallagher, Jefferson Airplane, Atomic Rooster, etc., ou ainda outros como Golden Earring, Guess Who, Mahogany Rush ou o próprio Rush, se quisermos sair do eixo Inglaterra/EUA. Limitações e omissões à parte, a lista a seguir visa apenas a oferecer algumas referências e sugestões para aqueles que desejarem conhecer ou apenas se aprofundar um pouco neste maravilhoso reino de violinos, harpas, oboés e fagotes do hard rock, onde as fadas, como todos sabem, usam botas...


1. The Allman Brothers Band - “At Fillmore East” (1971)
Um dos álbuns mais insistentemente indicados pela mídia (e pelos fãs) como o melhor registro ao vivo de todos os tempos (eleito pela revista “Rolling Stone” em 1988, entre outras), “At Fillmore East” faz realmente jus a todos os elogios possíveis. Neste terceiro álbum da banda (que contém músicas do trabalho seguinte, “Eat a Peach”), ainda com Duane Allman nas guitarras, acompanhado por Dickey Betts, encontramos jams memoráveis e versões estendidas de clássicos como “In Memory of Elizabeth Reed” (totalmente reestruturada) e “Whipping Post”, passeando por estilos distintos como o blues, o hard e o jazz. Apesar de ter feito sucesso em uma linha de rock “sulista” americano mais ligada ao blues, a influência do Allman Brothers no hard rock é inegável, principalmente devido ao estilo inovador dos arranjos de duas (ou mesmo três) guitarras. Diversas edições do álbum foram lançadas, sendo a mais interessante o CD duplo “The Fillmore Concerts”, remasterizado e com diversos bônus, contabilizando quase o dobro de material em relação ao LP original.
2. Black Sabbath - “Paranoid” (1970)
Todos têm seu álbum preferido do Black Sabbath, geralmente um dos cinco primeiros, e qualquer um deles poderia estar representando a banda aqui com todos méritos. “Paranoid” reúne talvez o maior número de clássicos, como “War Pigs”, “Paranoid”, “Iron Man”, “Electric Funeral” e “Fairies Wear Boots”. O estilo original dos riffs de Tony Iommi, os vocais sui generis de Ozzy e a cozinha destruidora de Butler/Ward ainda irão influenciar bandas de rock por muitas gerações. E para afirmar isso nem precisamos levar em conta aqui os outros ótimos trabalhos com o Dio, Gillan, os solos de Ozzy com Randy Rhoads, etc.
3. Blue Cheer - “Vincebus Eruptum” (1968)
Formado em 1967 em San Francisco, o Blue Cheer é frequentemente apontado até hoje como “a primeira banda de Heavy Metal”, talvez por serem motociclistas (o próprio manager era um Hell Angel...) cabeludos, usuários assumidos de drogas (“Blue Cheer” é uma “marca” de ácido), e tocarem extremamente alto, chegando mesmo a estourar o equipamento do estúdio durante a gravação do segundo álbum (“Outside Inside” – as sessões de gravação subsequentes foram feitas ao ar livre!). Também conseguiram algum sucesso com sua pesadíssima versão de “Summertime Blues” (de Eddie Cochran), seu primeiro single, também presente no álbum de estreia, “Vincebus Eruptum”, aqui em destaque. Exageros à parte, a banda produziu discos muito interessantes (seis álbuns, até 1971, descontando-se os álbuns de retorno dos anos 80 e 90), incorporando elementos psicodélicos ao hard mais cru inicial. O guitarrista original, Leigh Stephens, seguiu carreira solo de relativo sucesso, sendo substituído ao terceiro álbum por Randy Holden, que também viria a obter algum destaque.
4. Cream - “Disraeli Gears” (1967)
Exaustivamente apontado pela mídia como o primeiro supergrupo “artificialmente montado” da história, o Cream reunia três músicos de currículos inegavelmente surpreendentes. Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker, em 1967, já haviam tocado, juntos ou separadamente, com alguns dos maiores nomes do R&B da época: Alexis Korner, Graham Bond, John Mayall, Manfred Mann, entre outros, e foram contratados pelo esperto empresário Robert Stigwood para tocarem como um grupo por um período de dois anos, extensível a três. Gravado em Nova Iorque em apenas três dias, nos modernos estúdios da Atlantic, “Disraeli Gears”, o segundo álbum da banda, não era nada menos do que uma tentativa explícita de Ahmet Ertgun, famoso chefão da Atlantic, de investir na promissora imagem de Eric Clapton. Por esse motivo, diversas composições de Jack Bruce foram apenas aproveitadas em sua subsequente carreira solo. Mesmo o compacto que precedeu o álbum continha apenas composições de Eric: “Strange Brew” e “Tales of Brave Ulysses”. Apesar de tudo, na única composição assinada por ambos (“Sunshine of Your Love”), o compacto posteriormente lançado se tornaria o mais vendido da história da Atlantic, até então.
5. Deep Purple - “Made in Japan” (1972)
“O melhor álbum ao vivo de todos os tempos!”. Mas... Outro? Bom, não importa, o fato é que “Made in Japan” é um velho preferido de muita gente (Ian Paice, por exemplo), em todos os formatos e versões disponíveis. A mais completa é o CD triplo “Live in Japan”, que traz praticamente a íntegra dos três shows originais, com a exceção das versões de “Smoke on the Water” e “The Mule” do “Made in Japan” originais, e quatro faixas de bis (“Black Night” e “Lucille”, do segundo show, e “Black Night” e “Speed King”, do terceiro).
6. Free - “Fire and Water” (1970)
Formado em 1968, em plena explosão do blues inglês, o Free em pouco tempo registra seu primeiro álbum, “Tons of Sobs” (Island). Apesar da pouca idade dos músicos (o baixista Andy Fraser tinha apenas 16 anos!), todos já tinham alguma experiência musical, e o resultado foi excelente. Com um estilo original e variado, misturando baladas, blues e belas melodias baseadas guitarra de Paul Kossoff e na voz expressiva de Paul Rodgers, o Free atinge seu auge comercial em seu terceiro disco, “Fire and Water”, que contém seu maior hit, “All Right Now”, um verdadeiro hino do rock. Após algumas idas e vindas, dissoluções e formações alternativas, o Free encerra as atividades em 1972. Paul Rodgers e Simon Kirke (baterista) se juntam a Mick Ralph (ex-Mott the Hoople) e Boz Burrel (ex-King Crimson) e formam o Bad Company, que após um belo primeiro álbum, vem gravando sistematicamente até os dias de hoje (N.E.: Rodgers, como todos sabem, acabou se juntando mais recentemente ao Queen + Paul Rodgers). Já Paul Kossoff formou o Back Street Crawler (nome de seu primeiro trabalho solo), onde gravou dois discos até vir a falecer em 1976.
7. Grand Funk Railroad - “E Pluribus Funk” (1972)
Apontado pela crítica como uma resposta americana ao Led Zeppelin, o Grand Funk foi de fato o primeiro power trio de hard a fazer sucesso efetivo nos EUA, sendo que a maior parte de seus álbuns até 1975 frequentou o top ten americano. “E Pluribus Funk”, o quinto álbum de estúdio, fez sucesso tanto pela música quanto por sua capa, em formato redondo (uma moeda). Todos os discos de estúdio até o início de 1974 (oito, ao todo) e os dois álbuns ao vivo trazem bom material, com um estilo de rock americano inconfundível, direto e com muita energia (que substituía com bastante sucesso a “falta de virtuosismo” vez por outra apontada pela crítica...). No disco “Shinin’ On” (1974), a banda atinge seu pico comercial, com a música “The Loco-Motion” (do Little Eva, composta por Carole King), que marcou a primeira ocasião em que um cover atingiu o primeiro posto nas paradas americanas após a versão original também tê-lo conseguido. Infelizmente, entretanto, a música marcou também o fim de uma era de excelentes discos de hard rock, abrindo caminho para um estilo mais pop e acessível que rapidamente espantou os fãs e levou ao fim da banda em 1976.
8. Iron Butterfly - “In-a-Gadda-da-Vida” (1968)
Um dos álbuns de maior sucesso da história do hard americano (até 1993 já havia ultrapassado a marca de 4 milhões de cópias), “In-a-Gadda-da-Vida” (corruptela de “In the Garden of Eden”), com todos seus excessos, pode ser mesmo considerado “o hino de uma geração”. Composta pelo tecladista Doug Ingle, cabeça da banda, a faixa-título foi supostamente baseada em uma missa africana (“Missa Luba”) que o guitarrista Erik Brann andava escutando na época. O resultado final, com os vocais guturais, a bateria tribal característica (o baterista Ron Bushy sempre foi adepto dos longos solos...) e os teclados fazendo a parte dos corais chamou tanto a atenção que todos os outros trabalhos da banda seriam solenemente ignorados. Alguns consideram o quarto álbum de estúdio (“Metamorphosis”, 1970) o mais bem acabado, em parte pela presença do guitarrista Mike Pinera, mas o fato é que todos os álbuns anteriores (incluindo “Heavy”, de 1967, e “Ball”, de 1969) mantêm o mesmo bom nível.
9. James Gang - “Rides Again” (1970)
Mais uma banda americana imprescindível, o James Gang surgiu em 1967, em Cleveland, Ohio, e veio a gravar seu primeiro álbum (“Yer Album”) em 1969, já com Joe Walsh na guitarra. No ano seguinte, com Dale Peters (baixo) e Jim Fox (bateria), a banda atingiria seu auge criativo, com o clássico “Rides Again”. Extremamente criativo, e misturando faixas de puro hard rock com passagens acústicas e arranjos bem construídos, o disco obteve razoável sucesso, com destaque absoluto para o talento de Joe Walsh, que além das guitarras, tocava teclados e cantava com extrema competência. Após mais dois ótimos discos (“Thirds” e “Live In Concert”, ambos de 1971), Joe deixa o grupo, para iniciar sua carreira solo e logo em seguida escrever seu nome na história junto aos Eagles. Em 1974, após dois outros discos com um guitarrista canadense (Dom Troiano), é a vez de Tommy Bolin (ex-Zephyr) assumir as guitarras e gravar “Bang” e “Miami”, que apesar de interessantes (ajudaram Tommy a se projetar ainda mais e abrir as portas do Deep Purple), não atingem o mesmo nível musical dos trabalhos iniciais da banda.
10. Jeff Beck Group - “Truth” (1968)
O primeiro de uma série incrível de álbuns solo, que estabeleceram Jeff Beck definitivamente como um dos melhores guitarristas de sua geração. Gravado em menos de uma semana e lançado em sequência a três compactos (que contavam com os vocais do próprio Jeff, por imposição da gravadora, apesar da presença de Rod Stewart!), o disco fez grande sucesso nos Estados Unidos, embora não tenha tido uma recepção especialmente calorosa na Inglaterra. Dentre as faixas principais encontram-se “Shapes of Things”, regravação de um antigo single dos Yardbirds (1966) e “Beck’s Bolero”, a primeira faixa que Beck gravou solo (a banda, na ocasião, contava com Jimmy Page, John Paul Jones e Keith Moon), retirada do primeiro compacto do conjunto, “Hi Ho Silver Lining”. Após o álbum seguinte, “Beck-Ola”, Rod Stewart e o baixista/guitarrista Ron Wood formaram o Faces (substituindo Steve Marriot no Small Faces, então na estrada há seis anos), e a banda encontrou seu final definitivo com um grave acidente de carro, que deixaria Jeff fora de ação por longos 18 meses, adiando a já combinada formação do BBA (Beck, Bogert & Appice) por alguns anos (ou seja, até o fim do Cactus original de Tim Bogert e Carmine Appice, em 1973).
11. Jimi Hendrix - “Are You Experienced?” (1967)
Uma tarefa difícil, senão impossível, é falar da importância e da influência de Jimi Hendrix sem ser trivial ou repetitivo. Todos seus álbuns tiveram alguma faceta criativa em especial, mas o primeiro foi provavelmente o de maior impacto. Gravado ao longo de seis meses entre diversas excursões entre a América e a Europa, “Are You Experienced?” logo estourou nas paradas. Curiosamente, a edição inglesa (que só perdeu o número um nos charts devido a “Sgt. Pepper’s”, dos Beatles) deixava de fora os hits anteriores “Purple Haze”, “The Wind Cries Mary” e “Hey Joe”, devidamente incorporadas no LP americano, distribuído pela gigantesca Warner-Reprise. Grande parte desse sucesso pode ser creditado à atuação do empresário e produtor Chas Chandler, que trouxe Jimi dos EUA e financiou de seu próprio bolso as gravações do primeiro compacto, o clássico “Hey Joe”.
12. Led Zeppelin - “Led Zeppelin II” (1969)
Tal qual ocorre com o Black Sabbath, todos guardam seu disco predileto do
Led Zeppelin no coração. As opções são muitas, mais ainda se levarmos em conta a inimaginável quantidade de bootlegs lançados ao longo dos anos. O segundo álbum é sem dúvida um dos maiores e mais influentes trabalhos do hard rock de todos os tempos, recheado de clássicos do início ao fim. Poderia até mesmo, quem sabe, ser uma unanimidade total, se incluísse, por exemplo, “Since I’ve Been Loving You”, do álbum seguinte – um dos mais geniais blues em tom menor da história do hard rock!
13. Mountain - “Climbing!” (1970)
Nascido em Nova York a partir do encontro entre o guitarrista Leslie West e o produtor (e baixista) Felix Pappalardi (que haviam trabalhados juntos no primeiro álbum solo de Leslie, de 1969), o Mountain fez uma estréia em grande estilo, no Festival de Woodstock. Logo em seguida, gravam seu primeiro álbum propriamente dito, “Climbing!”, conseguindo imediatamente um grande sucesso nas paradas. Com o estilo de riffs de guitarra e a voz inconfundível de Leslie, aliados às melodias delicadas de Felix, mais a colaboração de Corky Laing (bateria, parceiro de Leslie até os dias de hoje) e Steve Knight (teclados), muitas faixas se tornaram clássicas, como a indefectível “Mississippi Queen” ou a sensacional versão (para muitos, a definitiva) de “Theme for an Imaginary Western”, de Jack Bruce. Após outros discos de sucesso como “Nantucket Sleighride” e “Flowers of Evil”, a banda começa a perder o pique. West e Laing gravam três álbuns com Jack Bruce (destaque para o belo “Why Dontcha”, de 1972), e em seguida fazem um derradeiro álbum como Mountain, o fraco “Avalanche” (1974). Felix Pappalardi retomou a carreira de sucesso como produtor, até ser vítima da “violência conjugal” em 1983, morto pela mulher com um tiro na cabeça.
14. Rainbow - “On Stage” (1977)
Este supergrupo formado por Ritchie Blackmore após sua saída do
Deep Purple foi responsável, junto com o UFO de Michael Schenker, por alguns dos melhores álbuns e performances da segunda metade da década de 70. Com um repertório formado basicamente a partir do excelente material do primeiro disco de estúdio (não trazendo, infelizmente, a épica “Stargazer”, do segundo álbum), “On Stage” traz os bem conhecidos Ritchie, Dio, Cozy Powell, Jimmy Bain e Tony Carey (teclados) no auge da sua forma, rivalizando facilmente com o “Made in Japan” em qualidade musical, execução e registro. Pena que a partir da breve passagem de Graham Bonnet pela banda (registrada no já fraco disco “Down to Earth, de 1979, também com o baixista Roger Glover) as constantes mudanças de pessoal (resultado do ego incontrolável de Ritchie) tiveram um efeito nefasto no conjunto, conhecido a partir de então por discos lamentáveis, passagens embaraçosas e músicos muito aquém dos velhos dias de glória dos anos 70.
15. Steppenwolf - “Steppenwolf” (1968)
Para muitos, o Steppenwolf não passa de mais uma banda de um hit apenas, ou seja: “Born to Be Wild”. O que os incautos ignoram é a quantidade de bons discos lançados no curto e atribulado período (1968 a 1971) de existência do conjunto: 8 álbuns, ao todo. Para quem gosta de um, é difícil não gostar dos outros, tamanho o equilíbrio. De alguma forma, contudo, o primeiro trabalho se sobressai ao conjunto, tanto pelo excelente material quanto pela execução vigorosa e intensa das composições. Além de “Born to Be Wild”, o disco contém diversos outros clássicos do repertório da banda, como “Sookie Sookie” (de Cropper/Covey), “The Ostrich”, “Hootchie Kootchie Man” (Willie Dixon) e, principalmente, “The Pusher” (Hoyt Axton). Esta última música, executada desde o tempo em que a banda se chamava “Sparrow” e tinha acabado de chegar à California (vinda do Canadá), aparece também em uma sensacional versão de quase 30 minutos no disco “Early”, gravado em maio de 1967, que atesta inapelavelmente uma criatividade precoce e a enorme influência do Steppenwolf para o hard rock.
16. UFO - “Strangers in the Night” (1978)
Gravado no decorrer de uma enorme turnê americana (onde abriram muitos shows para o Blue Öyster Cult), “Strangers in the Night” é um marco na discografia do UFO. Foi registrado durante sua melhor fase, após o lançamento de seu álbum de estúdio de maior sucesso, “Lights Out” (1977), onde o tecladista Paul Raymond já integrava o conjunto, e imediatamente antes do guitarrista Michael Schenker abandonar a banda “em definitivo” pela primeira vez. O repertório é o melhor possível, uma sucessão imensa de clássicos como “Doctor Doctor”, “Rock Bottom”, “Lights Out”, “Love to Love”, “Too Hot to Handle” e muitos outros, todos tocados com uma energia incrível e eletrizante, em versões infinitamente superiores às respectivas gravações em estúdio. Não é à toa que os fãs insistem em afirmar que este é “o melhor álbum ao vivo de todos os tempos” (o que não parecia ser um título muito difícil de se obter nos anos 70...). Exageros à parte, os solos incríveis de Michael Schenker e o vocal firme e característico de Phil Mogg ajudaram a consolidar um estilo que viria a se tornar referência básica em hard rock, e influência para muitas bandas de heavy metal dos anos 80 aos dias de hoje.
17. Uriah Heep - “Demons and Wizards” (1972)
O ano de 1971 foi um marco na carreira do Uriah Heep. Após o lançamento de “Look at Yourself”, que obteve razoável sucesso tanto na Inglaterra quanto nos Estados Unidos, a banda sofreu mais uma de suas inúmeras mudanças de formações: Lee Kerslake assumiu a bateria, e Gary Thain o baixo. Junto com Ken Hensley (teclados), Mick Box (guitarras) e David Byron (vocais), o conjunto assumiu sua formação clássica, responsável por seus melhores álbuns. “Demons and Wizards”, gravado no início do ano seguinte, foi o primeiro deles, e certamente o mais criativo. As composições, como o próprio título do álbum sugere, se voltaram para temas fantásticos, e para ilustrar esta mudança, Roger Dean foi chamado para produzir a capa (repetindo a dose no álbum seguinte, “The Magician’s Birthday”). O sucesso foi grande, principalmente nos EUA, graças à combinação dos teclados virtuosos de Hensley com a bela e poderosa voz de Byron, somados ao baixo nervoso e onipresente de Gary Thain, considerado por muitos um dos melhores baixistas de hard rock da história, ao lado de Bogert, Bruce e Entwistle.
18. Vanilla Fudge - “Renaissance” (1968)
Influência confessa de várias grandes bandas do início dos anos 70 (Deep Purple, por exemplo), o Vanilla Fudge começou sua carreira de sucesso em 1967, com uma versão de “You Keep Me Hanging On” (The Supremes), que logo se tornou um hit, abrindo as portas da banda para a gravadora Atlantic. Após dois álbuns bem recebidos pela mídia, que os rotulava de sucessores dos
Beatles (consta que George Harrison era um fã, e adorava a versão de “Eleanor Rigby” do primeiro álbum, que por sinal era composto apenas por covers), a banda grava “Renaissance”, que marca seu amadurecimento musical, com composições próprias, mais longas e trabalhadas, praticamente inaugurando o estilo de hard baseado no órgão Hammond (o tecladista Mark Stein fez escola) e no virtuosismo instrumental. Após o fim da banda, Carmine Appice (baterista) e Tim Bogert (baixista) continuaram juntos por um tempo, gravando ainda ótimos álbuns com o Cactus e junto a Jeff Beck, no supergrupo “Beck, Bogert and Appice” (BBA) – ambos igualmente essenciais na história do hard rock.
19. The Who - “Who’s Next” (1971)
Depois do sucesso de “Tommy”, o grande projeto conceitual de Pete Townshend para o The Who era uma história de ficção científica chamada “Lifehouse”. Totalmente megalomaníaca, envolvendo, além de um álbum duplo, a produção de um filme, apresentações de teatro e concertos gigantescos, a idéia rapidamente se mostrou inviável. Entretanto, o grupo já estava meio de saco cheio da história toda (e da incapacidade de Townshend de completar o roteiro e explicar para todos o conceito do disco), quando o produtor associado Glyn Johns preparou uma seleção das faixas finalizadas e apresentou ao grupo, que de pronto aprovou a idéia. Como resultado, foi então lançado o álbum “Who’s Next”, para muitos o melhor e mais equilibrado trabalho de estúdio da fase hard da banda (que ficou conhecida, contudo, pelos seus memoráveis shows, marca registrada até os dias de hoje – enquanto restar algum membro vivo, ao menos). Apesar de não manter a proposta conceitual, a seleção de faixas do finado “Lifehouse” traz a banda no auge de seu processo criativo, com Pete, John, Keith e Roger mostrando no manejo habilidoso dos instrumentos a diferença básica que os destacava dentre seus antigos contemporâneos e conterrâneos de maior sucesso...
20. Wishbone Ash - “Argus” (1972)
O último disco desta lista, graças à sequência alfabética das bandas, é provavelmente um dos melhores álbuns de todos os tempos. Destaque absoluto na excelente discografia da banda, que também inclui discos essenciais como “Pilgrimage” (1971) e “There’s the Rub” (1974), “Argus” é o produto de um surto incrível de criatividade, poucas vezes igualado na história do rock. São sete faixas impecáveis, com arranjos belíssimos de duas guitarras (executadas por Andy Powell e Ted Turner), responsáveis, ao lado de bandas como o Allman Brothers e o Thin Lizzy, pela criação de um estilo musical que influenciou muitos conjuntos de heavy metal dos anos 80, como o
Iron Maiden por exemplo. Com reconhecimento unânime da crítica e do público, “Argus” foi eleito o melhor álbum de 1972 pelos leitores de dois dos mais importantes jornais musicais ingleses da época, o “Melody Maker” e o “Sounds”, batendo discos tais como “Machine Head” e “Thick as a Brick”. Passeando sempre entre o hard e o rock progressivo (apesar da ausência de teclados), músicas como “Sometime World”, “The King Will Come”, “Warrior” e “Throw Down the Sword” são testemunhos incontestes da época mais rica e criativa dos dias de glória do rock inglês.

Edição: Rodrigo Werneck

04/02/2009

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