12/07/2008

Dia Mundial do Rock: Quem é o pai do rock, afinal?

Misto de artigo e enquete do IG tenta elucidar a velha questão: quem é afinal do pai do Rock?

Para tanto, é elaborado um resumo dos estilos musicais que deram origem ao Rock, bem como são mencionados diversos artistas que ajudaram a lapidar o gênero.

Veja a matéria completa abaixo.

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Dia Mundial do Rock: Quem é o pai do rock, afinal?


10/07 - 17:36
Redação iG Música

Para muitos é o diabo mesmo. Mas existem estudos que apontam alguns jovens transgressores da década de 50 como reais responsáveis pelo surgimento do estilo que revolucionou os costumes no mundo todo.

Os mais técnicos dirão que o rock nada mais é do que uma fusão de estilos musicais já existentes, dos quais destacam-se o country, o gospel e o blues. Isso não deixa de ser verdade, portanto é interessante conhecer essa tríade originária antes de prosseguir.

O country

Estilo que faz parte das raízes norte-americanas, o country surgiu em meados do século 19 e tem como pai por excelência o cantor Jimmie Rodgers, cuja gravação de 1927 é considerada a oficialização do ritmo - que sim, como muitos devem imaginar, já era disseminado na região dos Apalaches como a tradicional folk music. Seu som característico vem da união do violão com banjos, violinos e até acordeons.

O gospel

O gospel apareceu nas igrejas sulistas dos Estados Unidos no início do século 20, locais freqüentados majoritariamente por negros que celebravam o cristianismo diferentemente das igrejas católicas dos brancos. Nesses templos, tanto pastores quanto fiéis eram embalados por palmas, corais e pianos em momentos de muita animação. Thomas A. Dorsey é o nome apontado por muitos como o pai do gospel, tudo por conta da perda de sua esposa e filho, que resultaram na canção "Take My Hand, Precious Lord", uma das mais importantes do estilo.

O blues

O ritmo nasceu do momento em que o escravo norte-americano entrou em contato com a gaita e o violão e passou a utilizá-los como válvula de escape. De seus acordes tristes, que visam retratar todo o sofrimento do trabalho nas fazendas de algodão do sul dos EUA, surge a figura do bluesman, o homem negro que caminha por paisagens desoladas cantando sua dor. Apesar de o estilo existir há muitos anos, foi em Robert Johnson que o blues encontrou um "padrasto" com uma história a altura. Só para citar, Johnson morreu envenenado aos 27 anos, algum tempo depois de fazer um mítico "acordo com o diabo".

Mas e o rock?

Pois bem, voltemos ao tema deste especial do Dia Mundial do Rock. Para muitos, o rock nasce da mistura dos três estilos citados e, como um filho bastardo, sua lista de possíveis pais é extensa. Por isso vamos nos atentar aos mais famosos deles.

Muita gente aponta a gravação de "Rocket 88", do músico Jackie Brenston, como a primeira canção de rock da história. O fato ocorreu em 1951 e contou com o apoio da banda de Ike Turner, futuro marido da cantora Tina Turner.

Mas há quem discorde disso e coloque antes da canção de Breston músicas como "Roll 'Em Pete", de Big Joe Turner (1939), "Move It On Over", de Hank Williams (1947), "Rock the Joint", de Jimmy Preston (1949), "The Fat Man", de Fats Domino (1949) e "How High the Moon", de Les Paul e Mary Ford.

A controvérsia ganha força quando veículos respeitados, como a revista norte-americana Rolling Stone, apontam a gravação de "That's All Right (Mama)", de Elvis Presley (1954), como a primeira música de rock da história. Que o cantor topetudo de Memphis é considerado Rei do Rock ninguém discute, mas dar a ele o crédito de pai do estilo invalida contribuições de músicos tão ou mais influentes.

Um dos possíveis pais do rock é o guitarrista Chuck Berry, cuja primeira gravação no estilo foi "Maybellene", em 1955. O músico também é responsável por um dos passos mais conhecidos do início do rock, o duck walking, que foi reinterpretado por nomes de peso como Angus Young, do AC/DC. Usando as palavras do Beatle John Lennon: "Se você tentasse dar outro nome ao rock 'n' roll, você o chamaria de Chuck Berry".

Junto com Berry, entra na equação do rock o pianista Little Richard, autor de "Tutti Frutti" (1955). Com ele, o estilo ganha gritos agudos e um indefectível "A-wop-bop-a-loo-mop-a-whop-bam-boom!", que logo se tornou sua marca registrada. Controverso como só, Richard foi roqueiro, pastor e - de acordo com estudiosos da música - homossexual. Uma colaboração que ultrapassa o ritmo e chega até a conduta do rock.

Outro selvagem do piano que integra a lista de possíveis pais do rock é Jerry Lee Lewis, que apesar de só ter gravado a clássica "Great Balls of Fire" em 1957, excursionou por anos com outros nomes que deram voz ao rock, como Carl Perkins - da famosa "Blue Suede Shoes" (1955). E, assim como Little Richard, colecionou polêmicas em sua carreira, citando aqui o casamento precoce com a prima de 13 anos.

Além destes, outro nome que sempre é lembrado quando o assunto é a paternidade do rock é o de Bill Haley, o dono do topete "pega rapaz" que visava, na verdade, desviar a atenção das pessoas para seu olho cego. É dele a famosa gravação da canção "Rock Around the Clock" (1954), um dos pilares da história do rock.

Não podemos esquecer também do guitarrista Bo Didley com a sua "Bo Didley", de 1956. Conhecido também como "The Originator", Didley é apontado como figura responsável pela transição do blues para o rock por conta de suas inovações na maneira de tocar a guitarra e construí-la, tendo em vista que seu instrumento era retangular.

Apesar da incerteza em relação ao pai, sabemos exatamente quem batizou o estilo. O responsável pela alcunha do rock é o disc jockey Alan Freed, da cidade de Cleveland, nos EUA. Foi ele que pela primeira vez utilizou o termo “rock and roll” para se referir ao ritmo que fazia uso da guitarra elétrica e letras voltadas aos jovens. Isso em 1951.

Sabe-se que até então os termos “rock”, “roll” e “rock and roll” eram utilizados como referência a relações sexuais em diversas letras de blues.

Mas e para você, quem é o pai do rock?

22/05/2008

Para encerrar o papo sobre a fuleiragem music

Toques digitais

Para encerrar o papo sobre a fuleiragem music

Publicado em 20.05.2008, às 10h28

JOSÉ TELES é crítico musical do Jornal do Commercio

Algumas considerações sobre o artigo A música dos valores perdidos, publicado semana passada nestes Toques digitais, e que rendeu uma porção de comentários aqui no JC online, e um bocado de correio eletrônico pro que vos tecla. Antes de mais nada, não estou fazendo campanha contra o chamado forró eletrônico, ou estilizado. Uso a tribuna virtual para expressar minha incredulidade de cidadão com o nível das apresentações da maioria destes grupos. Alguns deles exibem hoje, abertamente, para todo tipo de faixa etária, espetáculos que até outro dia se viam em locais fechados, que não permitiam a presença de menor de idade.

Ao contrário do que me escreveu um leitor, não considero que esta música exista porque o povo gosta. O povo foi ensinado a gostar desta música. Como gostava nos anos 60 e 70 de Chico Buarque (que vendeu 600 mil cópias do seu LP de 1978), ou dos Beatles. O popularesco entrou em moda na era Collor, que, bem- nascido, não gostava obviamente de Leandro & Leonardo, mas dava a entender que sim, pra agradar ao eleitorado, puro populismo. Com a massificação da monocultura sonora no rádio brasileiro, a população, mal informada, passou a gostar de qualquer gênero que entrasse na moda. Foi assim com os sertanejos, depois com a axé music, depois com o pagode, e agora com as bandas.

Quando atribui à axé music a existência da fuleiragem music, não quis dizer que a axé era ruim ou boa. Aliás, no início até que havia originalidade no axé, de onde saiu uma das mais interessantes ritmos híbridos da MPB, o samba-reggae, ou o batuque afro do Olodum. Aquele disco O canto da cidade, de Daniela Mercury é muito bom. O que a axé inspirou em todos os subgêneros popularescos (o brega, o pagode, e até o sertanejo) foi a estética de palco, o gestual do bate palminha, tira o pezinho do chão, mexe a bundinha etc etc. No entanto, por mais que forçasse a barra e continuar criando bobagens pra animar o rebanho do abadá, a axé music manteve-se dentro de certos limites. Já a grosseria nestes chamados forrós é própria deles.

Começou como uma brincadeira, uma brincadeira que acabou sendo o padrão em todas as bandas. Foi mais ou menos isto que aconteceu nos anos 70, com o forró (o de verdade), e o duplo sentido. No começou era "Passei a noite procurando tu", "Ele tá de olho na butique dela", "Que diabo você tinha?", aí entrou Zenilton de sola com Tabaco, o gostoso da novela, Quiabo cru, Lasca de minhoca, e por aí vai. Porém os forrozeiros conheciam limites, e a piada foi perdendo a graça.

E os mais apelativos feito Sandro Becker saíram de linha. Com as bandas não. O tripé rapariga, cachaça, e gaia vem sendo repetido de tal forma, e há tanto tempo, que acabou entrando na linguagem do pessoal que curte tal tipo de música, na qual mulher sempre é gaieira ou pra ser consumida e cuspida em seguida. Cachaça é pra beber até cair, e carro não é apenas meio de transporte, mas lotação pra encher de rapariga. Moderação somente no bom-gosto.

A música? Sob qualquer critério, é muito ruim. Repete-se uma fórmula, com naipe de metais sem a menor criatividade. Os vocais são sempre muito monótonos. Os cantores formularam um tipo de interpretação apropriada para a grosseria do que cantam. As cantoras tentam emular Ivete Sangalo, cuja música também não é lá uma brastemp, mas pelo menos a baiana tem classe, ou pelo menos estilo.

A fuleiragem é música comercial no pior sentido do termo. Tudo bem que seja. Afinal, talento é pra quem tem, não pra quem quer ter. Agora, chamar aquilo de forró é um desrespeito à memória de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Abdias, Marinês, Jacinto Silva, Marinalva, Zito Borborema, Cobrinha, Lindú e Coroné (do Trio Nordestino), e tantos outros. E uma prova de que estas bandas só trazem forró no nome tá na revista Sucesso, de janeiro do ano passado.

Nela se anunciava o surgimento de mais uma banda a Dinamite do Forró, cujo estilo assim foi definido por Marquinhos Maraial, produtor do grupo: "A Dinamite do Forró traz uma mistura de forró, vanerão, axé, calipso e arrocha". E aí onde se lê "forró" leia-se "lambada estilizada". Nada contra a mistura de ritmos, ou a lambada, até porque, teve uma época em que Marinês, ou Abdias gravaram discos inteiros de carimbó. Mas não disfarçavam chamando aquilo de forró. Era carimbó mesmo, e do bom.

http://jc.uol.com.br/2008/05/20/not_169242.php

12/05/2008

A música dos valores perdidos

Toques digitais

A música dos valores perdidos - José Teles*

Publicado em 06.05.2008, às 08h47

"Tem rapariga aí? Se tem levante a mão!". A maioria, as moças, levanta a mão.

Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero). As outras são "gaia", "cabaré", e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.

O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhando uma música da banda Calipso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de "forró", e Ariano exclamou: "Eita que é pior do que eu pensava". Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Pruma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá: Calcinha no chão (Caviar com Rapadura), Zé Priquito (Duquinha), Fiel à putaria (Felipão Forró Moral), Chefe do puteiro (Aviões do forró), Mulher roleira (Saia Rodada), Mulher roleira a resposta (Forró Real), Chico Rola (Bonde do Forró), Banho de língua (Solteirões do Forró), Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal), Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada), Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca), Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró), Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró). Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta "desculhambação" não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando- se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de "forró", parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado. Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético,. Pior, o glamur, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

A cantora Ceca foi uma espécie de Ivete Sangalo do turbo folk (ainda está na estada, porém com menor sucesso). Foram comprados 100 mil vídeos do seu casamento com Arkan, mafioso e líder de grupo para-militares na Croácia e Bósnia. Arkan foi assassinado em 2000. Ceca presa em 2003. Ela não foi a única envolvida com a polícia, depois da queda de Milosevic, muitos dos ídolos do turbo folk envolveram-se com a justa pelo envolvimento com a poderosa máfia de Belgrado.

A temática da turbo folk era sexo, nacionalismo e drogas. Lukas, o maior ídolo masculino do turbo folk pregava em sua música o uso da cocaína. Um dos seus maiores hits chama-se White (a cor do pó, se é que alguém ignora), e ele, segundo o Guardian, costumava afirmar: "Se cocaína é uma droga, pode me chamar de viciado". Esteticamente, além da pouca roupa, a sanfona é o instrumento que se destaca tanto no turbo folk quanto no chamado forró eletrônico, instrumento decorativo, ali muito mais para lembrar das raízes da música tradicional. Ressaltando- se que não se tem notícia de ligação entre bandas de "forró" e crime organizado. No que elas são iguaizinhas é que proliferaram em meio a débâcle de valores estéticos, morais, e éticos, e despolitização da juventude. Com a volta da governabilidade nas repúblicas da antiga Iugoslávia, o turbo folk perdeu a força, vende ainda porém muito menos do que no passado, hoje é apenas uma música popular para se dançar, e não a trilha sonora de um regime condenado por, entre outras lástimas, genocídio.

Aqui o que se autodenomina "forró estilizado" continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem "rapariga na platéia", alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção ?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é "É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!", alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.

Fonte: http://jc.uol.com.br/2008/05/06/not_167957.php

*JOSÉ TELES é crítico musical do Jornal do Commercio*

06/05/2008

Recife será a única capital do país a sediar a Marcha da Maconha


Marcha da Maconha chega ao Recife em meio a polêmicas
Publicado em 03.05.2008, às 18h36
Do JC OnLine
Com informações de Cidades/JC
ATUALIZADA ÀS 20h30
Recife será a única capital brasileira a sediar a Marcha da Maconha neste domingo.
A manifestação foi proibida nas demais nove capitais do País onde estavam previstas a sua realização. Curitiba, João Pessoa, Cuiabá, Brasília, Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo foram impedidas pela Justiça de realizar o evento. A marcha integra manifestações que fazem parte do movimento internacional pela legalização da maconha.
A concentração da marcha começa às 14h, na Rua do Apolo, Bairro do Recife, Centro, com performances artísticas e distribuição de material informativo. Os organizadores lembram que fumar maconha no evento ou levar a droga até o local é proibido, uma vez que tal conduta é considerada crime pela lei brasileira.






Quem prefere não se expor, mas quer participar da manifestação encontra no site oficial do evento (www.marchadamaconha.org) máscaras com rostos de personalidades que defendem publicamente a causa, como Fernando Gabeira, FHC e Luana Piovanni, entre outros. A marcha é promovida simultaneamente em mais de 220 cidades em todo o globo.
LIBERADO - Não houve tentativa, por meios judiciais, de impedir a realização do evento na capital pernambucana, apesar de algumas vozes contrárias. A justificativa da Justiça brasileira para a proibição da marcha é a possibilidade de o ato incitar o uso da droga. Os organizadores em Pernambuco frisam, no entanto, que o ato é uma maneira de criar um canal de discussão sobre a necessidade de mudança na legislação antidrogas e nas políticas públicas relacionadas.
Em tempo: Passeata com máscara da Luana Piovanni? E eu aqui pensando que a única droga em questão era a maconha...
Vou apertar, mas não vou acender agora. Tá ligado, doido? Responde o doido: Sóóó.
É Recife na vanguarda e a massa na retaguarda!
ATENÇÃO: Esse blog é contrário ao uso de drogas porque entendemos que elas fazem mal à saúde física e mental. Por isso, evitem: revista VEJA, pagode, axé, funk, sertanejo, Rede Globo e bolsas do tipo pochete.
Update: Porto Alegre, Florianópolis e Vitória também participarão da Marcha da Maconha.
Postado por Kenia




21/03/2008

Pai, o que é Páscoa?

- Ora, Páscoa é... Bem... É uma festa religiosa.

- Igual Natal?

- É parecido. Só que no Natal comemora-se o nascimento de Jesus e na Páscoa, se não me engano, comemora-se a sua ressurreição.

- Ressurreição?

- É, ressurreição. Elga, vem cá!

- Sim?

- Explica pra esse garoto o que é ressurreição pra eu poder ler o meu jornal.

- Bom, meu filho, ressurreição é tornar a viver após ter morrido. Foi o que aconteceu com Jesus, três dias depois de ter sido crucificado. Ele ressuscitou e subiu aos céus. Entendeu?

- Mais ou menos... Mãe, Jesus era um coelho?

- Que é isso menino? Não me fale uma bobagem dessas! Coelho! Jesus Cristo é o Papai do Céu. Nem parece que esse menino foi batizado. Paê, esse menino não pode crescer desse jeito, sem ir numa missa pelo menos aos domingos. Até parece que não lhe demos uma educação cristã. Já pensou se ele solta uma besteira dessas na escola? Deus me perdoe! Amanhã mesmo vou matricular esse moleque no catecismo.

- Mamãe, mas o Papai do Céu não é Deus?

- É filho, Jesus e Deus são a mesma coisa. Você vai estudar isso no catecismo. É a Trindade. Deus é Pai, Filho e Espírito Santo.

- O Espírito Santo também é Deus?

- É sim.

- E Alagoas?

- Sacrilégio!

- É por isso que a Ilha da Trindade fica perto do Espírito Santo?

- Não é o Estado do Espírito Santo que compõe a Trindade, meu filho, é o Espírito Santo de Deus. É um negócio meio complicado, nem a mamãe entende direito. Mas se você perguntar no catecismo a professora explica tudinho!

- Bom, se Jesus não é um coelho, quem é o coelho da Páscoa?

- Eu sei lá! É uma tradição. É igual a Papai Noel, só que ao invés de presente ele traz ovinhos.

- Coelho bota ovo?

- Chega! Deixa eu ir fazer o almoço que eu ganho mais!

- Pai, não era melhor que fosse galinha da Páscoa?

- Era, era melhor, ou então urubu.

- Pai, Jesus nasceu no dia 25 de dezembro, né? Que dia que ele morreu?

- Isso eu sei: na Sexta-feira Santa.

- Que dia e que mês?

- Hum... Sabe que eu nunca pensei nisso? Eu só aprendi que ele morreu na Sexta-feira Santa e ressuscitou três dias depois, no Sábado de Aleluia.

- Um dia depois.

- Não, três dias.

- Então morreu na quarta-feira.

- Não, morreu na Sexta-feira Santa... Ou terá sido na Quarta-feira de Cinzas? Ah, garoto, vê se não me confunde! Morreu na sexta mesmo e ressuscitou no sábado, três dias depois. Como? Pergunte à sua professora de catecismo!

- Papai, por que amarraram um monte de bonecos de pano lá na rua?

- É que hoje é sábado de aleluia, e o pessoal vai fazer a malhação do Judas. Judas foi o apóstolo que traiu Jesus.

- O Judas traiu Jesus no sábado?

- Claro que não. Se ele morreu na sexta!

- Então por que eles não malham o Judas no dia certo?

- É, boa pergunta. Filho, atende o telefone pro papai. Se for um tal de Rogério diz que eu saí.

- Alô, quem fala?

- Rogério Coelho Pascoal. Seu pai está?

- Não, foi comprar ovo de Páscoa. Ligue mais tarde, tchau.

- Papai, qual era o sobrenome de Jesus?

- Cristo. Jesus Cristo.

- Só?

- Que eu saiba sim, por quê?

- Não sei não, mas tenho um palpite de que o nome dele era Jesus Cristo Coelho. Só assim esse negócio de coelho da Páscoa faz sentido, não acha?

- Coitada!

- Coitada de quem?

- Da sua professora de catecismo!

21/02/2008

Mulher feia? Quem disse?

Kenia mandou:

"O Programa The Swan, da TV americana, promove uma espécie de concurso de beleza fabricada. Dezesseis mulheres já participaram dele e, ao todo, submeteram-se a 151 procedimentos cirúrgicos. Das nove finalistas, 100% fizeram plástica de seios e lipoaspiração e puseram facetas nos dentes. A vencedora, Rachel Love-Fraser, 27 anos, passou por nove tratamentos. Vejam as fotos abaixo e comprovem que não existe mulher feia, existe MULHER POBRE !!!!!!

Eu já assisti ao programa, exibido pela Warner, e realmente vi algumas destas candidatas do jeito que estão na foto acima e, logo em seguida, abaixo."

Sinal dos tempos



Feb 14, '08 1:57 PM

Mais uma de Sam que eu não podia deixar passar. Suely, uma amiga da família, estava comentando conosco sobre o fato das crianças, hoje em dia, não saberem dizer oi endereço onde moram.

Lembrei-me de quando era criança, ensinava Juninha o endereço dos lugares onde morávamos, como forma de encontrá-la na hipótese de perder-se. Dava trabalho mas ela aprendia.

Voltando a Suely, ela perguntou a Sam:

- Sam, qual o se endereço ?

- E eu sei lá!

- E se você se perder?

- Eu ligo do meu pro celular de mamãe ou o de papai!

(Sim, ele tem celular)

- Então você sabe o número deles?

- Eu não! Mas tem na "discagem rápida".

Sam é mesmo surpreendente...



Jan 29, '08 4:48 PM

Ontem informamos a Samuel que Paê tinha sido demitido. Estávamos muito chateados. Ele ficou nos observando e logo disse: "Pronto! Agora podemos voltar prá Recife. A gente só veio mesmo prá cá prá papai trabalhar prá João Lyra." Daí explicamos que achávamos que não íamos voltar de vez prá lá, que Paê estava vendo outro emprego por aqui mesmo. Então ele ficou pensativo.

Engraçado como uma criaturinha deste tamanho já reflete sobre assuntos tão sérios. Passou o resto da noite, vindo até a sala de vez em quando, dando abraços no pai, sem fazer a chateação costumeira de não deixá-lo ver TV e sem chamá-lo prá jogar videogame (como ele faz todo dia). Sam estava especialmente diferente ontem a noite.

Paê se deitou logo cedo e Sam também o deixou em paz. Sempre que o pai se deita mais cedo, é uma agonia. Samuel vai lá prá cama, sobe em cima do pai, joga travesseiros nele e não o deixa quieto. Ontem ele respeitou o silêncio do pai. Sem ninguém ter pedido nada.

Quando fui colocar ele prá dormir conversamos muito e ele saiu com esta: "Mãe, por que não vamos embora mesmo prá Recife?". Expliquei tudo com mais calma, que lá a vida está muito mais difícil, que nos anos que passamos lá, o pai dele não tinha conseguido um emprego e que a gente tinha esperança de conseguir algo melhor por aqui. E ele comentou: "É que aqui somos uma família pequena e solitária. Que a gente não pode ver as pessoas que a gente gosta sempre que quer. E lá somos uma grande família que está sempre se vendo e se divertindo."

"Mas Sam, lá a gente não vai ter dinheiro prá fazer as coisas que a gente tanto gosta, como passear, lanchar no Mc'Donalds, comprar os brinquedos legais que você pede..." Ele logo me interrompeu: "Mãe, já tenho muitos brinquedos, posso ficar muito tempo sem ganhar novos que os meus são suficientes. Tenho um dinheirinho no meu cofre que se tiver muuuita vontade de comprar algum uso ele." Não tive mais argumentos...

Elga

GRANDES MISTÉRIOS DA HUMANIDADE


Jan 21, '08 5:25 PM Episódio de hoje: O QUE A RAINHA ELISABETH II CARREGA NA SUA BOLSINHA? Vocês já repararam que a rainha da Inglaterra sempre que aparece em público está carregando uma pequena bolsinha?

É... Uma bolsinha daquelas que madrinha de casameno carregam. Daquelas que não cabem quase nada e o acompanhante ainda tem que disponibilizar seus bolsos para poder colocar o resto das coisas.

Fico pensando: ela nunca sai para fazer compras, então não pode ser cheque, cartão de crédito ou débito.

Ela não menstrua mais (pela idade, creio eu que há muito tempo isso não acontece mais), logo, não pode ser OB, Carefree ou outro tipo de absorvente.

Ela não deve se preocupar com pílulas.

Batom? Pente? Maquiagem?

Será que a bolsa está vazia e ela tem o hábito de roubar docinhos nos eventos que comparece?

Bom, independente do que seja eu faço a minha aposta. Acho que ela carrega um pacote de MM's para comer escondida toda vez que ninguém estiver olhando.

Ao som de Mensagem de Amor, do Leo Jaime.

VOLTEI!! FELIZ 2008!



Jan 21, '08 5:22 PM

Atendendo a pedidos, tô de volta na área! Se derrubar é pênalti!

E vamos tentar manter uma regularidade aqui! Eu disse: "vamos tentar"...

Ao som de Que Beleza, com Tim Maia.