Prosseguindo no maravilhoso carnaval multicultural, ontem fomos ao bairro do Recife, assitir nosso sobrinho Filipe, que toca alfaia no grupo Quizumba de Banzé.
"O som exalava da Rua da Moeda e tomava toda a atmosfera dos arredores. Nada passava imune aos efeitos do batuque. O carro branco com placa de Minas Gerais, contagiado pelo som que se avolumava com a proximidade, freou lentamente, baixou os vidros das janelas e se permitiu passar bons minutos envolvido na música dos instrumentos. A viatura da polícia que fazia a ronda no bairro do Recife Antigo seguiu o mesmo ritual e só voltou ao trabalho quando os olhares surpresos dos demais espectadores soaram críticos. Turistas orientais de passagem sorriram com os olhos apertados e visivelmente intimidados com tanto movimento. No centro das atenções, alfaias, baquetas, abês, mãos, braços, caras e bocas. Um colorido atipicamente harmônico de sandálias de couro e sapatos fechados, bermudas e camisas sociais amarrotadas, tudo batizado com suor.
"Quizumba de Banzé" ou "mistura festiva", na tradução de vocábulos angolanos para brasileiros. Esse é o nome da união das pessoas que fazem música ecoar nas paredes antigas e peculiares do bairro recifense. Nada mais apropriado. O grupo de percussão é um mosaico de idades, cores e ritmos. É um culto ao maracatu, à manifestação cultural e folclórica pernambucana com temperos africanos, indígenas e europeus. A despeito das origens, encanta a gregos e troianos. Quase tudo é híbrido e rico. De simples e pura, só a alegria estampada nas expressões dos maestros." Fernanda Buril (28/01/08).
"O som exalava da Rua da Moeda e tomava toda a atmosfera dos arredores. Nada passava imune aos efeitos do batuque. O carro branco com placa de Minas Gerais, contagiado pelo som que se avolumava com a proximidade, freou lentamente, baixou os vidros das janelas e se permitiu passar bons minutos envolvido na música dos instrumentos. A viatura da polícia que fazia a ronda no bairro do Recife Antigo seguiu o mesmo ritual e só voltou ao trabalho quando os olhares surpresos dos demais espectadores soaram críticos. Turistas orientais de passagem sorriram com os olhos apertados e visivelmente intimidados com tanto movimento. No centro das atenções, alfaias, baquetas, abês, mãos, braços, caras e bocas. Um colorido atipicamente harmônico de sandálias de couro e sapatos fechados, bermudas e camisas sociais amarrotadas, tudo batizado com suor.
"Quizumba de Banzé" ou "mistura festiva", na tradução de vocábulos angolanos para brasileiros. Esse é o nome da união das pessoas que fazem música ecoar nas paredes antigas e peculiares do bairro recifense. Nada mais apropriado. O grupo de percussão é um mosaico de idades, cores e ritmos. É um culto ao maracatu, à manifestação cultural e folclórica pernambucana com temperos africanos, indígenas e europeus. A despeito das origens, encanta a gregos e troianos. Quase tudo é híbrido e rico. De simples e pura, só a alegria estampada nas expressões dos maestros." Fernanda Buril (28/01/08).