11/11/2004 17:41
Iasser Arafat, morreu às 3h30 (horário local) aos 75 anos, com falência múltipla dos órgãos, após 13 dias internado no hospital militar Percy, em Paris. A morte de Arafat, o mais importante líder palestino e símbolo da luta contra a ocupação israelense, marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio.
Considerado um líder radical pelos israelenses, Arafat não preparou um sucessor e se mostrou relutante em ceder poderes. Em seu lugar, devem ganhar destaque agora o ex-primeiro ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen), e o atual primeiro-ministro, Ahmed Korei.Ambos são considerados líderes mais moderados o que, em tese, poderia facilitar as negociações com Israel e os Estados Unidos.
Em uma reunião feita nesta quarta-feira (dia 10), líderes palestinos concordaram, pelo menos temporariamente, em seguir a legislação e promover o presidente do Conselho Legislativo palestino, Rawhi Fatouh, a presidente da ANP.
Por sua vez, o governo de Israel agora terá uma tarefa difícil: provar que Arafat, assim como afirmava, era o principal empecilho para pôr fim ao conflito israelo-palestino. Com o apoio dos Estados Unidos, Israel manteve o líder palestino confinado em um complexo bastante deteriorado, a Mukata (sede do governo palestino), durante quase três anos.
Enterro
Arafat será sepultado em Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Os palestinos preparam o velório no prédio do quartel-general de Arafat, que teve parte destruída após um ataque israelense. No local, deverá ser construída uma mesquita.
A expectativa com a morte de Arafat desencadeou também outra onda tensão entre Israel e a ANP. Sharon proibiu que Arafat fosse enterrado em Jerusalém (capital de Israel e reivindicada como capital do futuro Estado palestino), como desejava o líder palestino.
A idéia original era que a cerimônia fúnebre de Arafat acontecesse na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém -terceiro local mais sagrado para os islâmicos depois das cidades de Meca e Medina, ambas na Arábia Saudita.
A polêmica gira em torno da Esplanada das Mesquitas, também um local sagrado dos judeus. Lá existiu um grande templo judeu, destruído no ano 70 pelos romanos, do qual restou apenas o Muro das Lamentações, mais importante ponto de peregrinação do judaísmo.
Das agências internacionais
Iasser Arafat, morreu às 3h30 (horário local) aos 75 anos, com falência múltipla dos órgãos, após 13 dias internado no hospital militar Percy, em Paris. A morte de Arafat, o mais importante líder palestino e símbolo da luta contra a ocupação israelense, marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio.
Considerado um líder radical pelos israelenses, Arafat não preparou um sucessor e se mostrou relutante em ceder poderes. Em seu lugar, devem ganhar destaque agora o ex-primeiro ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen), e o atual primeiro-ministro, Ahmed Korei.Ambos são considerados líderes mais moderados o que, em tese, poderia facilitar as negociações com Israel e os Estados Unidos.
Em uma reunião feita nesta quarta-feira (dia 10), líderes palestinos concordaram, pelo menos temporariamente, em seguir a legislação e promover o presidente do Conselho Legislativo palestino, Rawhi Fatouh, a presidente da ANP.
Por sua vez, o governo de Israel agora terá uma tarefa difícil: provar que Arafat, assim como afirmava, era o principal empecilho para pôr fim ao conflito israelo-palestino. Com o apoio dos Estados Unidos, Israel manteve o líder palestino confinado em um complexo bastante deteriorado, a Mukata (sede do governo palestino), durante quase três anos.
Enterro
Arafat será sepultado em Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Os palestinos preparam o velório no prédio do quartel-general de Arafat, que teve parte destruída após um ataque israelense. No local, deverá ser construída uma mesquita.
A expectativa com a morte de Arafat desencadeou também outra onda tensão entre Israel e a ANP. Sharon proibiu que Arafat fosse enterrado em Jerusalém (capital de Israel e reivindicada como capital do futuro Estado palestino), como desejava o líder palestino.
A idéia original era que a cerimônia fúnebre de Arafat acontecesse na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém -terceiro local mais sagrado para os islâmicos depois das cidades de Meca e Medina, ambas na Arábia Saudita.
A polêmica gira em torno da Esplanada das Mesquitas, também um local sagrado dos judeus. Lá existiu um grande templo judeu, destruído no ano 70 pelos romanos, do qual restou apenas o Muro das Lamentações, mais importante ponto de peregrinação do judaísmo.
Das agências internacionais
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