20/02/2008

Mohammad Abdel Rauf Arafat al Qudwa al Husseini

11/11/2004 17:41

Iasser Arafat, morreu às 3h30 (horário local) aos 75 anos, com falência múltipla dos órgãos, após 13 dias internado no hospital militar Percy, em Paris. A morte de Arafat, o mais importante líder palestino e símbolo da luta contra a ocupação israelense, marca o fim de uma era de resistência e enfrentamentos com os israelenses para a criação de um Estado palestino no Oriente Médio.

Considerado um líder radical pelos israelenses, Arafat não preparou um sucessor e se mostrou relutante em ceder poderes. Em seu lugar, devem ganhar destaque agora o ex-primeiro ministro da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas (conhecido como Abu Mazen), e o atual primeiro-ministro, Ahmed Korei.Ambos são considerados líderes mais moderados o que, em tese, poderia facilitar as negociações com Israel e os Estados Unidos.

Em uma reunião feita nesta quarta-feira (dia 10), líderes palestinos concordaram, pelo menos temporariamente, em seguir a legislação e promover o presidente do Conselho Legislativo palestino, Rawhi Fatouh, a presidente da ANP.

Por sua vez, o governo de Israel agora terá uma tarefa difícil: provar que Arafat, assim como afirmava, era o principal empecilho para pôr fim ao conflito israelo-palestino. Com o apoio dos Estados Unidos, Israel manteve o líder palestino confinado em um complexo bastante deteriorado, a Mukata (sede do governo palestino), durante quase três anos.

Enterro

Arafat será sepultado em Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Os palestinos preparam o velório no prédio do quartel-general de Arafat, que teve parte destruída após um ataque israelense. No local, deverá ser construída uma mesquita.

A expectativa com a morte de Arafat desencadeou também outra onda tensão entre Israel e a ANP. Sharon proibiu que Arafat fosse enterrado em Jerusalém (capital de Israel e reivindicada como capital do futuro Estado palestino), como desejava o líder palestino.

A idéia original era que a cerimônia fúnebre de Arafat acontecesse na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém -terceiro local mais sagrado para os islâmicos depois das cidades de Meca e Medina, ambas na Arábia Saudita.

A polêmica gira em torno da Esplanada das Mesquitas, também um local sagrado dos judeus. Lá existiu um grande templo judeu, destruído no ano 70 pelos romanos, do qual restou apenas o Muro das Lamentações, mais importante ponto de peregrinação do judaísmo.

Das agências internacionais

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