21/02/2008

Aos nossos bons amigos


Jan 23, '07 1:01 PM

Tudo começou quando fomos ao Shopping assistir Happy Feet. Estávamos os três de férias e queríamos assitir à "sessão família" (às 11:50), com ingressos mais em conta. Quando chegamos, vimos que esse tipo de sessão só acontece aos sábados, domingos e feriados. Faltava o maior tempão para começar a sessão normal.


Resolvemos almoçar no Chinatown, na praça de alimentação. Pedimos o de sempre e quando chegou a conta, veio o tradicional "biscoitinho da sorte". Peguei o meu e tinha escrito no papelzinho: "A sua vida mudará inesperadamente para melhor". Ficamos contentes pois, outra vez esse bilhetinho do biscoito disse que uma amiga de Elga iria fazer contato e conseguir-lhe um emprego. Foi "pei-buf!", Elga começou a trabalhar, depois de quase dois anos desempregada.

Dias depois, viajamos para o Povoado do Toque, em São Miguel dos Milagres, Alagoas, passar uns dias no Sítio Martoke, uma simpática pousada de uma amiga. Ficamos quatro dias naquele paraíso e voltamos no dia 08/01/2007, passando antes em Porto de Galinhas, onde ficamos hospedados em um flat de um amigo.

Todos sabem que trabalhei quase dez anos em Maceió e lá fiz alguns amigos verdadeiros, sem falar que foi lá que ganhamos Samuel. Pois bem, no dia seguinte, 09/01/2007, um amigo-irmão me ligou dizendo que surgira uma vaga na empresa em que trabalhei, onde ele ainda permanece, mas só tinha um detalhe: era em uma pacata cidadezinha no interior de Minas Gerais, com 90 mil habitantes, 99% saneada, com índices de criminalidade quase zero e clima ameno. Proposta irrecusável financeiramente mas digna de análise, do ponto de vista emocional.

Estava eu entre a "cruz e a espada": aceitar e ficar a quase 2.500 km de distância da família e dos amigos de Recife, ou recusar e permanecer nesse inferno violento que se tornou o Recife, além de ter que "matar um leão por dia" para garantir a sobrevivência?

Na verdade, essa dúvida só me ocorreu depois. Quando falava com meu amigo-irmão, aceitei imediatamente. Pensei num futuro melhor pra nós, numa cidade calma, com boa infra-estrutura, sem falar no bom salário, com o que daria um maior conforto. Mas depois comecei a pensar: vale a pena? Somos tão apegados à família e aos amigos. Ainda não sei a resposta. Só sei que aceitei e no dia 28/01/07 estamos indo de mala e cuia pra Minas e este é o motivo desse texto.

Fiquem em paz que nós vamos alçar novos vôos em busca da nossa felicidade. Quando quiserem uma comidinha mineira, é só avisar!

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